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Desfile dos barcos em Recife (PE) antes da largada da Globe 40

Antonio Alonso

03/02/2023 22h24

A regata de volta ao mundo Globe 40 fez mais uma ação na cidade de Recife (PE), uma das stopovers do campeonato de vela oceânica.

Nesta sexta-feira (3), os veleiros Class40 que disputam o evento fizeram um desfile nas águas nordestinas.

Participaram os barcos Sec Haya, AHMAS e Gryphon Solo 2. A bordo estavam autoridades da prefeitura local, Cabanga Iate Clube e patrocinadores.

O Whiskey Jack, que chegou na véspera na Recife Marina, ficou em reparos.

A tradição da 'parade' como dizem os franceses da Sirius, organizadora do evento, é aplicada em todas as cidades-sede.

Segundo Manfred Rampacher, responsável pela Globe 40, o Brasil é um destino quase que obrigatório em regatas de oceano.

"Brasil é um país continental com muitas opções de paradas. É impossível pensar em uma regata offshore sem ter uma stopover neste país. Os velejadores gostam de navegar até aqui! Hoje fizemos o desfile local e vimos como felizes ficaram os participantes", disse Manfred Rampacher.

A diferença do desfile para a regata é simples: Na 'parade' o barco vai cheio de convidados e na prova apenas duplas como manda a regra da volta ao mundo dos 40 pés.

A Globe 40 é uma travessia com 30 mil milhas náuticas, que acontece durante nove meses e 140 dias.

A partida da edição atual foi dada no dia 26 de junho de 2022, de Tânger, no Marrocos, com o destino final em Lorient (França), previsto para março de 2023.

No domingo (5), os barcos seguem para Granada, no Caribe.

A primeira embarcação a chegar ao Recife (PE) no sábado (28/01) foi o Amhas, da dupla Graig Horsfield (EUA) e James Oxenham (GBR).

No domingo (29/01), foi a vez do Gryphon Solo 2 (do norte-americano Joe Harris e do italiano Roger Junet) cruzarem a linha de chegada.

À noite, foi hora do Sec Hayai, dos holandeses Frans Budel e Ysbrand Endt. O Whiskey Jack foi o quarto e último veleiro a chegar.

A classificação após as seis etapas da Globe 40 aponta o Sec Hayai na liderança, com 27 pontos perdidos.

Na sequência: Amhas (30 pontos), Milai (36), Gryphon Solo 2 (48) e W. Jack (63 pontos).

Foto: Jean Marien Liot

Sobre o Autor

Antonio Alonso Jr é capitão amador e cobre esporte há 15 anos, com passagens pela Folha de S.Paulo e por um UOL ainda em seus primeiros anos de vida. Jornalista e formado também em Esporte teve a excêntrica ideia de se dedicar à cobertura náutica, com enfoque para a Vela. Depois de oito anos na principal revista especializada do país, estreia seu blog em novo endereço no UOL.

Sobre o Blog

A vela é o exemplo claro de que o sucesso de um esporte não se mede em medalhas. Ela foi o esporte que mais medalhas Olímpicas deu ao Brasil. Ainda assim, é um esporte desconhecido, com enorme dificuldade de atrair público e restrito a guetos idílicos. Este blog não está interessado em resolver esse problema, mas em trazer mais para perto esse esporte excêntrico, complicado talvez, mas cheio de matizes empolgantes e que coloca atletas e meio-ambiente numa simbiose singular no mundo esportivo. Bem-vindo a bordo.

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