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Sobre as Águas

Copa Brasil de Vela terá mais de 150 competidores

Antonio Alonso

11/10/2021 20h45

A edição 2021 da Copa Brasil de Vela começa nesta quarta-feira (13), em Ilhabela (SP), com mais de 150 velejadores participantes.

O tradicional evento da modalidade terá como sede a Escola de Vela Lars Grael e reunirá as principais classes olímpicas, pan-americanas e também competidores das categorias de base, a chamada vela jovem.

Estão programadas regatas no Canal de São Sebastião nas categorias Windsurf, Kite, RS:X, Bic Techno, 49er, 29er, Snipe, Lightning, Nacra 17, 470, 420, Laser, Laser Rd e 4.7.

A competição é organizada e chancelada pela CBVela – Confederação Brasileira de Vela. A previsão para as provas, que serão realizadas até domingo (17) é de vento leste com média intensidade e grande possibilidade de chuva na maior parte do dia.

Será a nona edição da Copa Brasil de Vela, competição que foi criada na década passada para incentivar a modalidade e seus participantes para ganhar ritmo visando grandes eventos internacionais. Será realizada nas mesmas datas a VII Copa Brasil de Vela Jovem.

"Teremos a participação de muitos velejadores de várias idades na Copa Brasil de Vela, o que mostra a força da modalidade. Estamos saindo aos poucos dessa pandemia e vamos ver atletas do mais alto nível correndo esse campeonato, que já é tradicional no País".

"Outro dado importante é a presença feminina. Já vimos muitas correndo o Mundial de Snipe na semana passada no Yacht Club Paulista (YCP). Agora é a vez de Ilhabela, importante local de pratica de vela da América do Sul, realizando eventos como a Semana de Vela de Ilhabela e seletivas olímpicas", disse Marco Aurélio de Sá Ribeiro, presidente da CBVela.

Grandes nomes da modalidade já estão confirmados na Copa Brasil de Vela, como os representantes de Tóquio 2020 Samuel Albrecht e Gabriela Nicolino (NACRA), Marco Grael (49er), Ana Barbachan (470), além dos campeões mundiais de Snipe Gustavo Abdulklech (Jr) e Juliana Duque (Feminino).

A medalhista pan-americana Juliana Duque nem bem celebrou o título mundial de Snipe conquistado no último sábado (9), em São Paulo (SP), e já virou a chavinha para a campanha de Paris 2024. Após faturar de ponta a ponta o Mundial de Snipe com Mila Beckerath, a baiana agora se junta ao marido e proeiro Rafa Martins para as regatas de 470.

"Muito feliz de poder ser campeã mundial de Snipe mais uma vez. O nosso desempenho foi muito bom e agora vamos virar a chave para a campanha olímpica, que é nosso objetivo após a 470 se transformar em classe mista", disse a baiana Juliana Duque.

As novas classes olímpicas como o Fórmula Kite e o WindSurf estarão nas regatas da Copa Brasil de Vela. Um dos destaques do evento será o maranhense Bruno Lima. "Estou bem preparado e espero ter um bom desempenho na Copa Brasil de Vela. Vou dar o melhor para conquistar o título deste ano", disse Bruninho. "Muito ansioso com a volta à Ilhabela! Lugar lindo! Perfeito para velejar. Minhas expectativas são as melhores! Vou me esforçar ao máximo para trazer esse título pra casa!"

Parte da seleção brasileira de vela de Kite está em Torre Grande, na Itália, para a disputa do Mundial da categoria, que começa na quarta-feira. Participam do evento internacional Bruno Lobo, líder do ranking mundial, além de Socorro Reis e Claudio Cruz.

No mesmo período da Copa Brasil de Vela, Ilhabela (SP) receberá o XVII Simpósio de Segurança do Navegador Amador, no Yacht Club de Ilhabela (YCI). O evento terá uma série de atividades dentro e fora do mar, incluindo palestras, treinamentos e provas.


 

Sobre o Autor

Antonio Alonso Jr é capitão amador e cobre esporte há 15 anos, com passagens pela Folha de S.Paulo e por um UOL ainda em seus primeiros anos de vida. Jornalista e formado também em Esporte teve a excêntrica ideia de se dedicar à cobertura náutica, com enfoque para a Vela. Depois de oito anos na principal revista especializada do país, estreia seu blog em novo endereço no UOL.

Sobre o Blog

A vela é o exemplo claro de que o sucesso de um esporte não se mede em medalhas. Ela foi o esporte que mais medalhas Olímpicas deu ao Brasil. Ainda assim, é um esporte desconhecido, com enorme dificuldade de atrair público e restrito a guetos idílicos. Este blog não está interessado em resolver esse problema, mas em trazer mais para perto esse esporte excêntrico, complicado talvez, mas cheio de matizes empolgantes e que coloca atletas e meio-ambiente numa simbiose singular no mundo esportivo. Bem-vindo a bordo.

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