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Sobre as Águas

Com brasileiros, SSL Finals abre contagem regressiva para Bahamas

Antonio Alonso

02/10/2019 16h03

Dupla brasileira, Zarif e Trouche, em Nassau (Marc Rouiller / SSL)

Faltam dois meses para a sétima edição da Star Sailors League (SSL) Finals, evento anual que define a melhor dupla do mundo na Classe Star, desde 2013. Os melhores do Ranking da SSL, medalhistas olímpicos e campeões mundiais competirão de 2 a 7 de dezembro nas águas cristalinas da Baía de Montagu, em Nassau, nas Bahamas. Vinte e cinco tripulações disputarão o prêmio total de US$ 200.000.

Além dos proeiros brasileiros, seis velejadores olímpicos, entre os dez primeiros colocados no Ranking SSL dos timoneiros, já confirmaram presença: Eivind Melleby (NOR), Diego Negri (ITA), Mateusz Kusznierewicz (POL), Freddy Loof (SWE), Paul Cayard (EUA), Xavier Rohart (FRA). Os brasileiros Robert Scheidt e Jorge Zarif, campeões da SSL Finals em 2013 e 2018, respectivamente, não correrão neste ano em Nassau devido às campanhas olímpicas nas classes Laser e Finn para os Jogos Tóquio 2020.

Representado pelos melhores proeiros do mundo, o Brasil levará mais uma vez o talento de seus velejadores às Bahamas. O pentacampeão mundial e medalhista olímpico Bruno Prada estará ao lado de Kusznierewicz. Ambos ganharam Mundial de Star de 2019, em junho, na Sardenha (ITA). Prada foi campeão da primeira edição da SSL Finals em 2013 com Scheidt.

Henry Boening, o Maguila, defenderá a liderança do ranking dos proeiros, assumida neste ano após uma série de resultados expressivos. Foi vice-campeão da SSL Finals de 2018 com Scheidt, campeão europeu de Star com o mesmo parceiro em Riva del Garda (ITA) em maio e terceiro colocado no Mundial da Sardenha, no mês seguinte, com o norte-americano Augie Diaz.

O proeiro Pedro Trouche, atual campeão da SSL Finals, conquistou o título em 2018 nas Bahamas ao lado de Zarif. Trouche é o quinto colocado no Ranking SSL, uma posição atrás de outro brasileiro, Arthur Lopes, o Tutu, medalha de bronze no Europeu deste ano com o norte-americano Paul Cayard.

A forma de disputa prevê 11 regatas classificatórias nos quatro primeiros dias, todos contra todos, com apenas um descarte. Os dez primeiros colocados seguirão para três provas eliminatórias: quartas de final, semifinal e final, no último dia de competição. A dupla líder da primeira fase seguirá diretamente à final. Os vice-líderes passam à semifinal, ou seja, as quartas de final reunirão oito barcos.

Os campeões da SSL Finals

2013 – Robert Scheidt e Bruno Prada (BRA)

2014 – Mark Mendelblat e Brian Fatih (EUA)

2015 – George Szabo (EUA) e Eduardo Natucci (ITA)

2016 – Mark Mendelblat e Brian Fatih (EUA)

2017 – Paul Goodison (GBR) e Frthjof Kleen (ALE)

2018 – Jorge Zarif e Pedro Trouche (BRA)

Sobre o Autor

Antonio Alonso Jr é capitão amador e cobre esporte há 15 anos, com passagens pela Folha de S.Paulo e por um UOL ainda em seus primeiros anos de vida. Jornalista e formado também em Esporte teve a excêntrica ideia de se dedicar à cobertura náutica, com enfoque para a Vela. Depois de oito anos na principal revista especializada do país, estreia seu blog em novo endereço no UOL.

Sobre o Blog

A vela é o exemplo claro de que o sucesso de um esporte não se mede em medalhas. Ela foi o esporte que mais medalhas Olímpicas deu ao Brasil. Ainda assim, é um esporte desconhecido, com enorme dificuldade de atrair público e restrito a guetos idílicos. Este blog não está interessado em resolver esse problema, mas em trazer mais para perto esse esporte excêntrico, complicado talvez, mas cheio de matizes empolgantes e que coloca atletas e meio-ambiente numa simbiose singular no mundo esportivo. Bem-vindo a bordo.

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