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Sobre as Águas

'AIS não está robusto'

Antonio Alonso

15/04/2018 12h11

O site português SAPO24 é bastante questionador na Europa

Neste fim de semana, foi publicada uma entrevista com António Fontes, tripulante português do SHK Scallywag

Mesmo respeitando o luto dos Scallys, que perderam pra sempre John Fisher no mar, o periódico tocou no assunto de segurança e tecnologia para buscas.

Leia na íntegra

E uma das questões foi essa:

A morte do pescador, em Hong Kong (acidente provocado pela equipa da Vestas) e o que aconteceu no vosso barco com um experiente velejador, John Fischer, que perdeu a vida. Tem que se amolecer as regatas, ou ao invés, continuar a endurecer? Do ponto de vista do velejador qual a tua opinião?

Resposta de António: Acidentes acontecem sempre e vão acontecer sempre. Tanto um como outro são completamente aleatórios por mais segurança que pudéssemos ter, iam sempre acontecer. Claro que, no acidente do Vestas, idealmente um dia toda a gente terá um sistema de AIS (Automatic Identification System, em sigla inglesa, que significa sistema de identificação automática que serve para identificar e localizar embarcações) mas hoje ainda estamos longe disso. E mesmo o próprio AIS não está completamente robusto. Nós, nesta etapa, não tínhamos AIS. A antena estava estragada. Há ainda trabalho e evolução de tecnologia que possa permitir ajudar a ter mais robustez de sistemas. Agora, em termos de regras de regatas, em si, são acidentes que acontecem.

Do acidente, o que aconteceu, não sei o que podes falar. Foi tomada uma decisão. Quem toma e quem participa. Não participaste, certo?

Resposta de António: Foi o skipper (David Witt). Em contacto com a própria Volvo e o concelho de regatas. E por isso fomos para Puerto Mortt (Chile). Punta Arenas não tem nada. Logisticamente já houve barcos a irem para lá. Mas depois na prática não se consegue fazer grande coisa. A Volvo já lá esteve inúmeras vezes em Punta Arenas e já tiverem este problema várias vezes.

 

 

 

Sobre o Autor

Antonio Alonso Jr é capitão amador e cobre esporte há 15 anos, com passagens pela Folha de S.Paulo e por um UOL ainda em seus primeiros anos de vida. Jornalista e formado também em Esporte teve a excêntrica ideia de se dedicar à cobertura náutica, com enfoque para a Vela. Depois de oito anos na principal revista especializada do país, estreia seu blog em novo endereço no UOL.

Sobre o Blog

A vela é o exemplo claro de que o sucesso de um esporte não se mede em medalhas. Ela foi o esporte que mais medalhas Olímpicas deu ao Brasil. Ainda assim, é um esporte desconhecido, com enorme dificuldade de atrair público e restrito a guetos idílicos. Este blog não está interessado em resolver esse problema, mas em trazer mais para perto esse esporte excêntrico, complicado talvez, mas cheio de matizes empolgantes e que coloca atletas e meio-ambiente numa simbiose singular no mundo esportivo. Bem-vindo a bordo.

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