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Scheidt vence na abertura da SSL Finals nas Bahamas

Antonio Alonso

30/11/2016 10h32

Scheidt e Maguila na frente (Martinez Studio / SSL)

Scheidt e Maguila na frente (Martinez Studio / SSL)

Campeão da primeira edição da Star Sailors League Finals em 2013, também nas Bahamas, Scheidt venceu a primeira das 11 regatas previstas para a fase de classificação e obteve a sétima colocação na segunda prova, vencida pela dupla francesa Rohart/Ponsot. Com oito pontos perdidos, Scheidt e Maguila estão em terceiro lugar, atrás dos líderes Negri e Lambertenghi (ITA), com cinco pontos e de Mendelblat e Fatih (EUA), que somam seis pontos. Mais três ou quatro regatas devem ser disputadas nesta quarta-feira (30) a partir das 14h de Brasília, com transmissão ao vivo no www.finals.starsailors.com

A quarta edição consecutiva da Star Sailors League Finals em Nassau confirmou a incrível qualidade da flotilha, com nada menos que 16 medalhas olímpicos na raia. O vento leste consistente dos últimos dias e o mar agitado compuseram o cenário na Baía de Montagu, com sol e calor. A velocidade do vento variou entre 10 a 15 nós (18 a 28 km/h), oscilando em cerca de 25 graus. Torben Grael e Guilherme de Almeida não tiveram um dia bom. Ocupam a 24ª e penúltima colocação.

O líder Diego Negri comemorou o desempenho. "Foi um grande dia, com mudanças de vento e muitas ondas. Tivemos um bom começo na primeira regata e estávamos mais à esquerda da raia, lutamos entre os cinco primeiros e acabamos em terceiro lugar. Na segunda largada, o vento aumentou um pouco, decidimos começar mais no meio da flotilha. Depois de muita briga aproveitamos o vento em popa para cruzarmos em segundo lugar", analisou o timoneiro italiano.

De volta à classe Star após a campanha olímpica na Laser, Scheidt estava satisfeito com o trabalho do primeiro dia em Nassau. "Velejamos muito bem apesar das pressões do Mendelblat e do Negri. Na segunda regata vacilamos taticamente no primeiro contravento, mas o objetivo desta fase é nos mantermos entre os dez primeiros para garantirmos vaga nas quartas de final", considerou Scheidt.

Zarif e Prada em terceiro – Na segunda regata a marca de contravento teve de ser ajustada para acomodar a variação do vento. As duplas tiveram de rever suas táticas de largada. Os vencedores do SSL City Grand Slam de Hamburgo (ALE), Xavier Rohart e Pierre-Alexis Ponsot (FRA) mostraram habilidades para se adequar ao giro do vento e venceram a regata, à frente de Negri e Lambertenghi. Jorge Zarif e Bruno Prada velejaram com inteligência a favor do vento para cruzar a linha de chegada em terceiro lugar.

Nos cinco dias da SSL Finals haverá transmissão ao vivo na Internet com comentários de especialistas e de convidados especiais, incluindo Dennis Conner, quatro vezes vencedor da America's Cup e o medalhista de prata nos Jogos de Londres em 2012, Luke Patience. Na água, a mais recente tecnologia em câmera de alta definição, bem como Virtual Eye 3D Graphics, garantem emoção e completa visualização da raia aos fãs da vela.

 
Classificação após duas regatas

1. Negri/Lambertenghi (ITA) – 5 pontos perdidos
2. Mendelblat/Fatih (USA) – 6 pp
3. Scheidt/Maguila (BRA) – 8 pp
4. Polgar/Koy (ALE) – 9 pp
5. Zarif/Prada (BRA) – 10 pp
6. Rohart/Ponsot (FRA) – 11 pp
7. Christensen/Milrie (DEN) – 12 pp
8. Olezza/Melo (ARG/POR) – 18 pp
9. Kuznierewicz/Zycki (POL) – 25 pp
10. Fantela/Arapovic (CRO) – 25 pp

Sobre o Autor

Antonio Alonso Jr é capitão amador e cobre esporte há 15 anos, com passagens pela Folha de S.Paulo e por um UOL ainda em seus primeiros anos de vida. Jornalista e formado também em Esporte teve a excêntrica ideia de se dedicar à cobertura náutica, com enfoque para a Vela. Depois de oito anos na principal revista especializada do país, estreia seu blog em novo endereço no UOL.

Sobre o Blog

A vela é o exemplo claro de que o sucesso de um esporte não se mede em medalhas. Ela foi o esporte que mais medalhas Olímpicas deu ao Brasil. Ainda assim, é um esporte desconhecido, com enorme dificuldade de atrair público e restrito a guetos idílicos. Este blog não está interessado em resolver esse problema, mas em trazer mais para perto esse esporte excêntrico, complicado talvez, mas cheio de matizes empolgantes e que coloca atletas e meio-ambiente numa simbiose singular no mundo esportivo. Bem-vindo a bordo.

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