Topo

Sobre as Águas

Velejadores olímpicos e campeões mundiais marcam Copa Swift Sport

Antonio Alonso

08/10/2015 00h21

Foto: Marcos Méndez / SailStation

Foto: Marcos Méndez / SailStation

A 3ª Etapa da Copa Swift Sport foi concluída neste fim de semana (26 e 27/9) em Ilhabela com participação de velejadores que em breve estarão brigando por medalhas nos Jogos Rio 2016. Os campeões mundiais Jorge Zarif, na classe Finn, e Martine Grael, na 49erFX, classificados para a próxima olimpíada, elevaram o nível da competição em meio a outras 35 tripulações. Dividiram o leme do HPE 30, #04, e agora retomam os treinos em suas respectivas classes na Baía de Guanabara.

Os dois últimos finais de semana de setembro também trouxeram ao Yacht Club de Ilhabela, o campeão pan-americano de Snipe, Alexandre Paradeda, e o velejador olímpico André Fonseca, o Bochecha, recém-chegado da Regata Volta ao Mundo. A competição marcou ainda o retorno de Eduardo Souza Ramos às águas de Ilhabela. O idealizador da classe HPE 30 e também velejador olímpico, não velejava em na Capital Nacional da Vela desde a vitória do S40 Pajero na Ilhabela Sailing Week de 2012.

A maioria dos campeões tripulou os HPE 30, classe estreante na Copa Swift Sport. O Tahiti Nui, de Eduardo Souza ramos venceu a etapa com 13 pontos perdidos, considerando-se o descarte. Foram quatro vitórias em nove regatas. O vice-campeão, Capatosta, de Marcelo Bellotti, perdeu 19 pontos, mesmo número do terceiro colocado #04. "Tinha acabado de retornar a Niterói após um campeonato de S30. Foi o tempo de pegar um ônibus e vir para Ilhabela. Quando se veleja em um barco novo sempre se aprende algo novo. O importante é manter-se em atividade", considerou a vice-campeão da etapa, Martine Grael, líder do ranking mundial na 49erFX ao lado da parceira de Kahena Kunze.

Domínio na C30 – A tripulação do Porsche foi soberana na penúltima etapa da Copa Swift Sport de 2015. O barco de Ilhabela venceu seis das nove regatas disputadas, perdendo apenas 11 pontos. Caballo Loco (Mauro Dottori) ficou em segundo com duas vitórias e 15 pontos, seguido pelo +Realizado (José Luiz Apud). "Melhoramos a regulagem do mastro porque passamos a treinar com vento forte e assim, erramos menos. Mas também é preciso contar com a sorte para obter-se cinco vitórias seguidas em uma classe tão equilibrada", comentou o comandante do campeão Porsche, Marcos César.

O Inaê Transbrasa faturou a classe RGS Geral, a mais numerosa da etapa com 14 dos 35 inscritos. O barco do comandante Bayard Umbuzeiro Filho dominou os dois finais de semana, com três vitórias em cinco regatas. O Asbar Total Balance (Sérgio Klepacz) ficou em segundo lugar, enquanto o Jazz (John Jansen) foi o terceiro. Na Cruiser, o comandante Clauberto Andrade levou o BL3 a quatro vitórias em cinco regatas. O Iron Maden (Erika Santana) ficou em segundo e o Cocoon (Luiz Caggiano), em terceiro lugar.

Quarta etapa – A Copa Swift Sport 2015 será concluída nos finais de semana de 28 e 29/11, 05 e 06/12, quando serão conhecidos os campeões da temporada após a quarta etapa. A competição inclui as classes oceânicas: IRC, C30, HPE 30, HPE 25, BRA-RGS e RGS Cruiser. A organização é do Yacht Club de Ilhabela, com o patrocínio de Suzuki Veículos e apoios de North Sails, Wind Charter, Revista Mariner, Ancoradouro, Antena 1, SailStation e Prefeitura Municipal de Ilhabela.

 

Sobre o Autor

Antonio Alonso Jr é capitão amador e cobre esporte há 15 anos, com passagens pela Folha de S.Paulo e por um UOL ainda em seus primeiros anos de vida. Jornalista e formado também em Esporte teve a excêntrica ideia de se dedicar à cobertura náutica, com enfoque para a Vela. Depois de oito anos na principal revista especializada do país, estreia seu blog em novo endereço no UOL.

Sobre o Blog

A vela é o exemplo claro de que o sucesso de um esporte não se mede em medalhas. Ela foi o esporte que mais medalhas Olímpicas deu ao Brasil. Ainda assim, é um esporte desconhecido, com enorme dificuldade de atrair público e restrito a guetos idílicos. Este blog não está interessado em resolver esse problema, mas em trazer mais para perto esse esporte excêntrico, complicado talvez, mas cheio de matizes empolgantes e que coloca atletas e meio-ambiente numa simbiose singular no mundo esportivo. Bem-vindo a bordo.

Blog Sobre as Águas