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Vela jovem do Brasil já está na Holanda para Mundial de Haia 2022

Antonio Alonso

04/07/2022 18h17

A Equipe Brasileira de Vela desembarcou nesta segunda-feira (4) em Haia, na Holanda, para o Mundial da Juventude. O time jovem do país conta agora com 15 representantes em seis classes.

O espanhol naturalizado brasileiro Lucas García Alves será o representante da classe IQFoil nas regatas a partir do dia 9 de julho.

O atleta de 15 anos nasceu em Barcelona, mas tem pais brasileiros. Lucas García Alves treina no Club Náutico el Balis e tem como principal resultado na carreira o título da sub-17 do Campeonato Espanhol de IQFoil Youth. A classe de Lucas é a nova do calendário olímpico para Paris 2024.

Além de Lucas García Alves, o Brasil terá Guilherme Araújo e Milena Araújo (Hobie Cat 16), Guilherme Menezes e Fernando Menezes (29er), Clara Meyer e Lívia Nogueira (29er), Alex Kuhl e Handrey Cantini (420) e Joana Gonçalves e Luísa Madureira (420). Erick Carpes (Ilca), Júlia Carreirão (Ilca), Marcos Americano (Kite) e Sofia Faria (iQFoil).

"Meu objetivo no Mundial da Juventude é estar, pelo menos, no meio do ranking e representar o Brasil da melhor forma. Minha preparação foi intensiva na Espanha, além da programação normal do ano", disse Lucas García Alves, que tem o brasileiro Robert Scheidt como maior ídolo na vela.

No Mundial da Juventude de Haia, na Holanda, estão confirmados 450 velejadores de 69 países  O evento foi realizado pela primeira vez na Suécia em 1971 e é um dos principais eventos da World Sailing para ajudar a promover a participação dos jovens em provas de alto nível.

O grupo escolhido para defender o Brasil no Mundial da Juventude de Haia 2022 é o primeiro da história que conta com atletas até 17 anos, o que prova o forte trabalho de desenvolvimento adotado nas categorias de base pela CBVela.

Boa parte dos atletas confirmados no Mundial da Juventude de Haia 2022 é formada pelo projeto pelo Núcleo de Base da Confederação Brasileira de Vela. São atendidos mais de 60 atletas da nova geração da modalidade em treinamentos na Marina da Glória, no Rio de Janeiro (RJ), no Clube Naval Charitas, em Niterói (RJ), ou em campeonatos no exterior.

O trabalho é voltado para que os competidores mais novos cheguem bem preparados em campeonatos de ponta, como os Jogos Olímpicos de Paris 2024, Los Angeles 2028 e Brisbane 2032.  O Núcleo de Alto Rendimento é uma parceria da Confederação Brasileira de Vela (CBVela) com a Secretaria Especial do Esporte do Ministério da Cidadania para apoiar a preparação de todas as equipes brasileiras da modalidade em suas categorias de base.

A parceria da Confederação Brasileira de Vela (CBVela) com a Secretaria Especial do Esporte do Ministério da Cidadania foi definida no fim do ano passado, implantando o primeiro Núcleo de Base para a modalidade Vela (NEBAR) para apoiar a preparação de todas as equipes brasileiras da modalidade em suas categorias de base.

A sede oficial do projeto é a Marina da Glória, palco das regatas da Rio 2016 e de outros grandes eventos da vela. Por lá são atendidos adolescentes entre 13 e 17 anos, que integram as seleções para os principais campeonatos, como o Mundial da Juventude da World Sailing.

O Brasil soma ao todo 14 medalhas na história do Mundial da Juventude, que é realizado anualmente desde 1971. São cinco de ouro, três de prata e seis de bronze. A primeira medalha foi obtida por Robert Scheidt na classe Laser em Largs, na Escócia, em 1991. A última edição ocorreu em Omã no ano de 2021. O campeonato de 2020 seria em Salvador (BA), mas foi cancelado em função da COVID-19.

Medalhas do Mundial da Juventude

Ouro

Largs 1991 – Robert Scheidt – Laser

Fukuoka 1997 – Ricardo Winicki – Mistral

Cidade do Cabo 1998 – Ricardo Winicki – Mistral

Búzios 2009 – Martine Grael/Kahena Kunze – 420

Zadar 2011 – Martin Lowy/Kim Vidal – SL16

Prata

Marathon 1994 – Rodrigo Amado /Leonardo Santos – Laser II

Weymouth 2006 – Bruno Vilela Frey/ Ricieri Vidal Marchi – Hobie Cat 16Spin, Open

Langkawi 2016 – Leonardo Lombardi/Rodrigo Luz – 420

Bronze

Cidade do Cabo 1998 – Andre Cahu /Victor de Azevedo Costa – HobieCat 16

Busan 2005 Mariana Basilio/Gabriela Biekarck – 420

Weymouth 2006 – Marcos Adler/Bruno Leal Faria – 420

Aarhus 2008 – Patricia Freitas – RS:X

Búzios 2009 – Jorge Renato Amaral – RS:X

Langkawi 2016 – Brenno Francioli – RS:X

Sobre a CBVela

A Confederação Brasileira de Vela (CBVela) é a representante oficial da vela esportiva do país nos âmbitos nacional e internacional. É filiada à Federação Internacional de Vela (World Sailing) e ao Comitê Olímpico Brasileiro (COB).

A vela é a modalidade com o maior número de medalhas de ouro olímpicas na história do esporte do Brasil: oito. Ao todo, os velejadores brasileiros já conquistaram 19 medalhas em Jogos Olímpicos.

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Sobre o Autor

Antonio Alonso Jr é capitão amador e cobre esporte há 15 anos, com passagens pela Folha de S.Paulo e por um UOL ainda em seus primeiros anos de vida. Jornalista e formado também em Esporte teve a excêntrica ideia de se dedicar à cobertura náutica, com enfoque para a Vela. Depois de oito anos na principal revista especializada do país, estreia seu blog em novo endereço no UOL.

Sobre o Blog

A vela é o exemplo claro de que o sucesso de um esporte não se mede em medalhas. Ela foi o esporte que mais medalhas Olímpicas deu ao Brasil. Ainda assim, é um esporte desconhecido, com enorme dificuldade de atrair público e restrito a guetos idílicos. Este blog não está interessado em resolver esse problema, mas em trazer mais para perto esse esporte excêntrico, complicado talvez, mas cheio de matizes empolgantes e que coloca atletas e meio-ambiente numa simbiose singular no mundo esportivo. Bem-vindo a bordo.

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