Hugo Boss abandona a Vendée Globe
Antonio Alonso
30/11/2020 11h42
O britânico Alex Thomson está fora da Vendée Globe, volta ao mundo em solitário e sem escalas.
O barco IMOCA do atual vice-campeão da regata apresentou danos "irreparáveis" e o navegador foi obrigado a anunciar sua saída neste domingo (29).
O velejador do HUGO Boss pretendia se tornar o primeiro vencedor não francês da Vendée Globe.
O barco custou mais de 50 milhões de reais.
Alex Thomson admitiu que está "profundamente desapontado" por ter sido forçado a se retirar.
O Hugo Boss liderava a regata quando o barco apresentou os primeiros problemas na costa brasileira no Oceano Atlântico.
A parada ocorreu aproximadamente 1.800 milhas náuticas da Cidade do Cabo, na África do Sul.
O navegador deve demorar uma semana para retornar à terra.
"Houve um grande estrondo e o barco se aproximou violentamente. O sistema de direção estava emperrado e tudo que pude fazer foi rolar as velas".
"Uma vez no convés, pude ver que a lâmina do leme estava quebrada e girando com um grande pedaço de equipamento de pesca preso nas rachaduras".
"Acho que devo ter acertado em alguma coisa".
"Certamente é o que parece. Com esse nível de danos, um reparo no mar simplesmente não é possível. Temos que aceitar que este é o fim da regata para nós".
O francês Charlie Dalin, do APIVIA, é o líder da regata com quase 30% do percurso da Vendée Globe.
O velejador de Le Havre é o atual campeã da Transat Jacques Vabre.
Sobre o Autor
Antonio Alonso Jr é capitão amador e cobre esporte há 15 anos, com passagens pela Folha de S.Paulo e por um UOL ainda em seus primeiros anos de vida. Jornalista e formado também em Esporte teve a excêntrica ideia de se dedicar à cobertura náutica, com enfoque para a Vela. Depois de oito anos na principal revista especializada do país, estreia seu blog em novo endereço no UOL.
Sobre o Blog
A vela é o exemplo claro de que o sucesso de um esporte não se mede em medalhas. Ela foi o esporte que mais medalhas Olímpicas deu ao Brasil. Ainda assim, é um esporte desconhecido, com enorme dificuldade de atrair público e restrito a guetos idílicos. Este blog não está interessado em resolver esse problema, mas em trazer mais para perto esse esporte excêntrico, complicado talvez, mas cheio de matizes empolgantes e que coloca atletas e meio-ambiente numa simbiose singular no mundo esportivo. Bem-vindo a bordo.