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Scheidt estreia como técnico de Jorginho Zatif no Mundial da Dinamarca

Antonio Alonso

30/07/2018 15h14

Scheidt começa uma nova fase da sua carreira vitoriosa

Robert Scheidt não vai competir pela sexta medalha olímpica em Tóquio/2020. Contudo, colabora diretamente para que a vela do Brasil continue frequentando o pódio da maior competição poliesportiva do planeta. Em sua primeira experiência como treinador, vai orientar Jorge Zarif, da Classe Finn, no Campeonato Mundial de Classes Olímpicas. As regatas começam nesta quinta-feira e seguem até o dia 12 de agosto, na Baía de Aarhus, na Dinamarca.

"Espero ser um facilitador desse processo, uma pessoa com experiência para ajudar o Jorginho. Estou muito animado com essa primeira experiência como técnico em uma competição oficial e ainda por cima desse nível. Espero contribuir", explica Scheidt, que completa. "No período de treinos em Garda (Itália) tentamos identificar alguns pontos da velejada dele os quais considerei haver algum espaço para ganho, possibilidades para evoluir e melhorar. Trabalhei detalhes na parte técnica."

Jorginho animado com o novo técnico

Mas quem dá a medida da dimensão de ter o bicampeão olímpico em seu staff, um velejador considerado uma lenda, é Zarif. "O Robert técnico é igual ao Robert velejador, e provavelmente igual ao Robert em qualquer profissão ou área da vida: extremamente dedicado, estudioso e meticuloso", conta."No primeiro dia de treino que fizemos, ele já tinha visto todas as medals races dos últimos dois anos da classe Finn e visto algumas coisas que eu fazia de diferente dos outros, observado pontos que eu poderia evoluir."

Em Aarhus, além das medalhas do Mundial, estarão em jogo as primeiras vagas olímpicas da vela para os países nos Jogos de Tóquio-2020. Focado em ajudar Zarif a chegar ao pódio, Scheidt explica como será seu trabalho. "Durante o campeonato, minha função ficará mais focada em identificar as condições da raia. Agora teremos mais dois olhos na raia tentando identificar as condições de cada percurso, as características de cada um. Com isso, espero conseguir que o Jorge tenha um mundial consistente. Vou sempre tentar fazer análises de risco e retorno para cada estratégia de regata e, assim, construir uma média dia a dia", explica o bicampeão olímpico.

Na parte tática, Robert Scheidt também traçou uma linha de conduta para seu pupilo. "Em um Campeonato Mundial, com essa importância, é imprescindível que o começo seja consistente, evitando grandes erros, pois estes custam muito. Na medida do possível, vamos tentar deixar o descarte mais para frente", avalia o maior medalhista do Brasil, com cinco pódios, e que tem patrocínio do Banco do Brasil, Rolex e apoio do COB e CBVela.

A competição – Disputado a cada quatro anos, o Mundial de Classes Olímpicas é o principal evento do calendário da World Sailing (Federação Internacional de Vela). A primeira edição foi realizada em 2003, em Cádiz, na Espanha. A competição reúne as dez classes do programa dos Jogos de Tóquio 2020: RS:X masculina, RS:X feminina, Laser, Laser Radial, Finn, 470 masculina, 470 feminina, 49er, 49er FX e Nacra 17. Além disso, haverá disputa também no kiteboard (feminino e masculino).

Além de Jorge Zarif, os velejadores do Brasil no Mundial de Classes Olímpicas 2018 são Martine Grael e Kahena Kunze (49er FX), Carlos Robles e Marco Grael (49er), Fernanda Oliveira e Ana Barbachan (470 feminina), Geison Mendes e Gustavo Thiesen (470 masculina), Henrique Haddad e Felipe Brito (470 masculina), Samuel Albrecht e Gabriela Nicolino (Nacra 17), João Bulhões e Bruna Martinelli (Nacra 17), Patrícia Freitas (RS:X feminina), Brenno Francioli (RS:X masculina), Bruno Fontes (Laser), Gabriella Kidd (Laser Radial) e Cláudio Cruz (Kiteboard).

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Sobre o Autor

Antonio Alonso Jr é capitão amador e cobre esporte há 15 anos, com passagens pela Folha de S.Paulo e por um UOL ainda em seus primeiros anos de vida. Jornalista e formado também em Esporte teve a excêntrica ideia de se dedicar à cobertura náutica, com enfoque para a Vela. Depois de oito anos na principal revista especializada do país, estreia seu blog em novo endereço no UOL.

Sobre o Blog

A vela é o exemplo claro de que o sucesso de um esporte não se mede em medalhas. Ela foi o esporte que mais medalhas Olímpicas deu ao Brasil. Ainda assim, é um esporte desconhecido, com enorme dificuldade de atrair público e restrito a guetos idílicos. Este blog não está interessado em resolver esse problema, mas em trazer mais para perto esse esporte excêntrico, complicado talvez, mas cheio de matizes empolgantes e que coloca atletas e meio-ambiente numa simbiose singular no mundo esportivo. Bem-vindo a bordo.

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