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Samuel Albrecht sobre as regatas em Palma

Antonio Alonso

27/07/2017 15h59

foto: Aline Bassi | Balaio

Sobre as Águas bateu um papo com Samuel Albrecht, tático do Crioula do Veleiros do Sul. A equipe está em Palma de Maiorca para a Copa del Rey MAPFRE, que começa a ser disputada nesse fim de semana com 136 barcos e dez classes. O Crioula não levou nem o S40 e nem o Camiranga para as ilhas baleares! O jeito foi alugar um barco por lá mesmo. Eles vão medir na IRC com um TP52. Entre as mudanças do que vimos agora na Semana de Vela de Ilhabela, além do barco, estão a entrada do grinder, mais três italianos que vieram de brinde no aluguel e muito mais velocidade. Confira na íntegra! 
Por que disputar a Copa del Rey?

Nós escolhemos correr esse evento porque é um evento bastante grande, festivo, que tem boas regatas, e tem uma boa programação social, onde os proprietários podem se divertir, assim como os tripulantes, é um mix de nacionalidades, é um campeonato internacional onde diversos países participam, tem barcos e velejadores do mundo inteiro. Um campeonato com muita tradição, muito famoso e que tem boas regatas. Palma é um lugar muito bonito, agradável, boas condições meteorológicas de vento, é verão! Então todos os ingredientes fazem da Copa do Rei ter uma grande procura e ser uma das mais tradicionais no verão europeu.

Será a estreia do Crioula em Palma?

Como Crioula a gente nunca correu esse evento, mas a maioria dos velejadores já participou em outros barcos. Vai ser uma novidade para equipe Crioula, mas  todo mundo já tem experiencia na competição.

Na Semana de Vela de Ilhabela, o Crioula correu na ORC e agora vai de IRC. O que muda?

O que muda é o barco, agora será de 15 tripulantes! O S40 cabem 10. As manobras são diferentes, o tamanho do barco é diferente, pois possui um sistema arriada de balão diferente, não é uma arriada manual e sim pelos grinders. No S40 usamos manicacas para mover as catracas. É um barco mais rápido, os ângulos mudam bastante, então vai ser uma experiência nova, a gente vai ter que se adaptar a esse tipo de barco. Além disso os TP52 em geral vão correr na IRC e por isso o nível da classe é alto, eles já correm regatas de classe, eles já estão bastante treinados com tripulações cem por cento  profissionais, então pra gente vai ser uma experiencia nova, o que a gente procura é fazer uma boa velejada e se divertir.

Como é a raia de Palma de Maiorca?

Aqui em Palma a raia é bem típica varia entre 10 e 14 nós, tem um lado esquerdo da raia bastante favorecido, tradicionalmente é assim, mas dependendo do dia pode ser diferente. É um raia bastante conhecida por muitos, a gente já velejou aqui em alguns troféus, como Princesa Sofia, normalmente todo ano velejamos aqui, é uma raia conhecida, uma raia um pouco abrigada, mas bastante tranquila para a prática do esporte.

Já correu de TP52?

Não tenho experiencia em TP, assim como a maioria dos tripulantes do Crioula, dos 15 tripulantes 11 a bordo nunca tiveram experiencia em TP, nós temos três tripulantes que  vieram junto com o barco que alugamos que têm experiência, só eles, então a tripulação vai ter o primeiro contato com o barco no sábado e no domingo, quando nós formos treinar, a competição começa na segunda.

O que esperar em termos de resultado?

O objetivo aqui é fazer um evento internacional, passar experiencia para a tripulação, ter o contato com o pessoal de fora, ter o contato com os barcos, ver o que está acontecendo no cenário mundial e curtir um pouco essa regata diferente. Vamos sair um pouco das regatas do Brasil, competir contra outros velejadores, velejar em outros tipos de barco, fazer um intercâmbio, uma nova experiência de velejada. Poderemos planejar um pouquinho melhor em relação a uma ORC, em relação a como trabalhar os barcos, como otimizar, quais são as tendências, tudo isso a gente vai poder aprender aqui nesse campeonato.

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Sobre o Autor

Antonio Alonso Jr é capitão amador e cobre esporte há 15 anos, com passagens pela Folha de S.Paulo e por um UOL ainda em seus primeiros anos de vida. Jornalista e formado também em Esporte teve a excêntrica ideia de se dedicar à cobertura náutica, com enfoque para a Vela. Depois de oito anos na principal revista especializada do país, estreia seu blog em novo endereço no UOL.

Sobre o Blog

A vela é o exemplo claro de que o sucesso de um esporte não se mede em medalhas. Ela foi o esporte que mais medalhas Olímpicas deu ao Brasil. Ainda assim, é um esporte desconhecido, com enorme dificuldade de atrair público e restrito a guetos idílicos. Este blog não está interessado em resolver esse problema, mas em trazer mais para perto esse esporte excêntrico, complicado talvez, mas cheio de matizes empolgantes e que coloca atletas e meio-ambiente numa simbiose singular no mundo esportivo. Bem-vindo a bordo.

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