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Mussulo e o desafio de comandar 2 barcos na Semana de Vela de Ilhabela 2016

Antonio Alonso

13/06/2016 20h26

O médico José Guilherme Caldas terá um desafio a mais na Semana de Vela de Ilhabela 2016. O experiente velejador – que já cruzou o Oceano Atlântico por sete vezes – comandará dois barcos no evento, que ocorre de 1 a 9 de julho. O Team Angola Cables – Mussulo III e o Team Angola Cables – Mussulo 40. O veleiro de 40 pés será usado apenas na Regata Alcatrazes, que abre o calendário de provas no dia 3 de julho e tem 55 milhas de distância. José Guilherme terá ajuda apenas do baiano Leonardo Chicourel, pois será um treino para a Cape Town Rio de 2017. Já no decorrer da semana, o médico assume o Mussulo III, que disputará o título da classe RGS.

"Temos um barco para correr a Semana de Vela que tem uma tripulação de 11 pessoas, com uma logística bastante complicada de fazer, mas é o nosso habitual. Ao mesmo tempo estou preparando uma disputa da Cape Town Rio 2017 com um barco muito adaptado às regatas de downwind – vento de popa, e como essa regata é. Agora que trouxemos o barco para o Brasil, teremos além de um novo jogo de velas fornecido pela North Sails, um programa de treinos com instrutores profissionais reconhecidos internacionalmente e faz parte desse treino a Regata de Alcatrazes, única na Semana de Vela que se adapta a este barco".

José Guilherme Caldas é médico – neuroradiologista intervencionista – que é um neurocirurgião que "navega" com catéteres no interior das artérias e veias para tratar doenças vasculares do cérebro e da medula, como aneurismas, acidentes vasculares cerebrais (derrames), tumores, porém sem abrir a cabeça. "A vela é um hobby desde a infância quando aprendi a velejar em Angola, de onde sou,numa ilha chamada Mussulo. Vem daí o nome dos meus barcos".

Perguntado sobre como consegue dar conta de uma agenda cheia nos principais hospitais de São Paulo e a carreira de velejador, José Guilherme deu uma explicação interessante. "Descobri que você não é o único a fazer as coisas, então se você conseguir pensar assim vai ter tempo pra fazer suas coisas, que no meu caso é velejar. A primeira vez que fiz isso – uma travessia para Angola – levei 55 dias, nessa época e ainda hoje trabalhava 16 horas por dia, 365 dias por ano, então ninguém podia acreditar que eu podia parar 50 dias, quando parei e voltei aquilo estava tudo igual do mesmo jeito.Então cheguei a conclusão que é possível você fazer isso, é apenas você decidir fazer".

A tripulação do Mussulo III já está definida e inclui alguns experientes velejadores da Ilhabela como Carlos Eduardo Maia, Marcos Lobo, Luiz Bolina, Junior Gentil, Emerson Passos, Marcelo Surf e os baianos Rafael Martins e o Alberto Vita.

As inscrições continuam abertas

Os tripulantes devem se inscrever no site oficial www.svilhabela.com.br. Até 20 de junho, o custo será de R$ 320 por velejador. De 21 a 27 de junho passa a ser de R$ 420. As tripulações dos veleiros que ficarem em seus clubes, em amarras próprias ou outros locais fora o Yacht Club de Ilhabela terão 20% de desconto no valor da inscrição.

Mais informações:
Site oficial – svilhabela.com.br
Facebook – semanadeilhabela
Twitter – svilhabela
Instagram – svilhabela
Youtube – Semana de Vela de Ilhabela

Fotos: Aline Bassi / Balaio de Idéias

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Sobre o Autor

Antonio Alonso Jr é capitão amador e cobre esporte há 15 anos, com passagens pela Folha de S.Paulo e por um UOL ainda em seus primeiros anos de vida. Jornalista e formado também em Esporte teve a excêntrica ideia de se dedicar à cobertura náutica, com enfoque para a Vela. Depois de oito anos na principal revista especializada do país, estreia seu blog em novo endereço no UOL.

Sobre o Blog

A vela é o exemplo claro de que o sucesso de um esporte não se mede em medalhas. Ela foi o esporte que mais medalhas Olímpicas deu ao Brasil. Ainda assim, é um esporte desconhecido, com enorme dificuldade de atrair público e restrito a guetos idílicos. Este blog não está interessado em resolver esse problema, mas em trazer mais para perto esse esporte excêntrico, complicado talvez, mas cheio de matizes empolgantes e que coloca atletas e meio-ambiente numa simbiose singular no mundo esportivo. Bem-vindo a bordo.

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