Semana de Vela de Ilhabela tem homenagem a barco campeão olímpico
Antonio Alonso
03/06/2016 18h38
A Semana de Vela de Ilhabela sempre registrou a presença de atletas que representaram o Brasil e outros países em Jogos Olímpicos. Por ser o maior evento de vela da América Latina, os velejadores enchem as raias para disputar regatas técnicas e divertidas com mais de 150 embarcações na água. Na edição 2016, que será disputada de 1º a 9 de julho, um barco vai resgatar a história olímpica: o Jacaré (Pedro Fukui) da classe Mini. É uma homenagem à dupla Lars Sigud Bjokstron e Alex Welter, que conquistou do ouro em Moscou 1980. Foi a primeira dourada da vela nacional em olimpíadas."É o nome do barco que ganhou a primeira medalha de ouro nas olimpíadas e o apelido do meu filho mais velho", disse Pedro Fukui.
O barco Jacaré foi o campeão da edição 2015 da classe Mini da Semana de Vela de Ilhabela. Ano passado a categoria de 21 pés teve ao todo três veleiros. "Corro em casa na Semana de Vela de Ilhabela. A classe Mini é uma categoria com aproximadamente 1.000 barcos no mundo e a sua principal regata é a MiniTrasat".
O veleiro Mini tem 6.5 metros de linha d'água, 3 metros de boca e 1.4 de calado. O barco foi desenvolvido para atravessar o oceano Atlântico em solitário. Na Semana de Vela geralmente são dois tripulantes – assim como em Moscou 1980 – com timoneiro e proeiro.
As inscrições continuam abertas
Os tripulantes devem se inscrever no site oficial www.svilhabela.com.br. Até 20 de junho, o custo será de R$ 320 por velejador. De 21 a 27 de junho passa a ser de R$ 420. As tripulações dos veleiros que ficarem em seus clubes, em amarras próprias ou outros locais fora o Yacht Club de Ilhabela terão 20% de desconto no valor da inscrição.
AS CLASSES
BICO DE PROA – Divisão formada por veleiros de oceano, elegíveis pela Comissão Técnica, que não utilizam nenhuma regra de handicap.
CARABELLI 30 – Classe One Design de veleiros de 30 pés projetados pelo experiente velejador e projetista Horácio Carabelli.
CLÁSSICOS – Subdivisão especial da RGS para barcos certificados pela ABVClass e sem velas produzidas com material exótico.
HPE 25 – Os barcos da classe, de projeto do argentino Javier Soto Acebal, formam uma classe nacional de produção em série.
HPE 30 – Com 30 pés, estes barcos, também projeto do argentino Javier Soto Acebal, formam a mais nova classe one-design do país.
IRC – Regra internacional que se destina a um amplo número de barcos, de vários tamanhos e formas, desde cruzeiros até os one-off de regata.
J/70 – Classe one-design internacional de barcos com apenas 22,75 pés mas extremamente velozes e ágeis.
MINI – Classe internacional formada por barcos de 21 pés projetados para encarar todos os desafios, inclusive travessias oceânicas.
ORC – Regra internacional do Offshore Racing Committee destinada a barcos com configurações de competição, de tipos e tamanhos diferentes.
RGS – A Regra Geral Simplificada é uma regra nacional caracterizada pela grande presença de vários barcos com perfil predominante de cruzeiro.
RGS SILVER – Divisão especial da RGS para barcos com no mínimo 28 pés, sem velas exóticas e aprovados pela Comissão Técnica da Semana de Vela.
SOTO 40 – Moderna classe One Design planadores criada pelo projetista argentino Javier Soto Acebal, formada por veleiros de 40 pés.
STAR – No Brasil é a classe de maior expressão olímpica, com a conquista de seis medalhas, além de seis títulos mundiais.
Mais informações:
Site oficial – svilhabela.com.br
Facebook – semanadeilhabela
Twitter – svilhabela
Instagram – svilhabela
Youtube – Semana de Vela de Ilhabela
Foto: Aline Bassi / Balaio de Idéias
Sobre o Autor
Antonio Alonso Jr é capitão amador e cobre esporte há 15 anos, com passagens pela Folha de S.Paulo e por um UOL ainda em seus primeiros anos de vida. Jornalista e formado também em Esporte teve a excêntrica ideia de se dedicar à cobertura náutica, com enfoque para a Vela. Depois de oito anos na principal revista especializada do país, estreia seu blog em novo endereço no UOL.
Sobre o Blog
A vela é o exemplo claro de que o sucesso de um esporte não se mede em medalhas. Ela foi o esporte que mais medalhas Olímpicas deu ao Brasil. Ainda assim, é um esporte desconhecido, com enorme dificuldade de atrair público e restrito a guetos idílicos. Este blog não está interessado em resolver esse problema, mas em trazer mais para perto esse esporte excêntrico, complicado talvez, mas cheio de matizes empolgantes e que coloca atletas e meio-ambiente numa simbiose singular no mundo esportivo. Bem-vindo a bordo.