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Próxima parada: China. Barcos da Volvo Ocean Race largam para 3a. etapa

Antonio Alonso

03/01/2015 16h15

A terceira etapa da Volvo Ocean Race começou neste sábado (3). Os seis barcos partiram de Abu Dhabi, nos Emirados Árabes Unidos, para a Sanya, uma ilha chinesa. A perna terá 4.642 milhas náuticas – 8.596 quilômetros – e passará por zonas de difícil navegação, como o Estreito de Malaca. A organização da Volta ao Mundo também definiu áreas de exclusão no percurso. Os fãs da modalidade podem acompanhar o desempenho das equipes pelo tracker oficial da regata.

A etapa promete ser bastante disputada do começo ao fim, assim como as duas anteriores. Prova disso é o campeonato com três equipes liderando com o mesmo número de pontos: Team Brunel, Abu Dhabi e Sanya. O time espanhol MAPFRE, que tem o brasileiro André 'Bochecha' Fonseca, está em quinto e quer se recuperar ainda mais nessa etapa.

"Vamos passar por Índia e Cingapura, por exemplo, até chegar a Sanya. Será uma regata literalmente costeira. Você precisa se aproximar da costa para evitar correntezas e isso dá muito trabalho a bordo, pois temos de manobrar muito o barco. Cansa bastante", disse André 'Bochecha' Fonseca. "A união do MAPFRE é cada vez maior. A nossa expectativa é ficar entre os três primeiros e subir na tabela".

A holandesa Carolijn Brouwer está confiante no desempenho do Team SCA depois da vitória das meninas na In-Port Race de Abu Dhabi. Em português, a atleta olímpica, que morou mais de 10 anos do Brasil, escreveu que a etapa será totalmente diferente das demais.

"A primeira metade da perna será de ventos mais fracos, porém com obstáculos. O Estreito de Malaca tem de tudo: barcos de pesca, navios e muito mais. São situações que saem do nosso controle. Esperamos ter um pouco de sorte para passar por esse trecho. Temos uma equipe forte e preparada para esse desafio", contou Carolijn Brouwer.

Milhas iniciais

O Abu Dhabi Ocean Race, um dos líderes da Volvo Ocean Race, aproveitou o 'fator casa' e pulou na frente nas primeiras milhas. Com pouco vento e com muita névoa, as equipes lutavam para enxergar um palmo a frente. As condições desafiadoras logo no início são pequenas perto das que estão por vir.

Serão ao todo oito zonas de exclusão, começando pelo território iraniano, os campos petrolíferos de Saleh, Dragon, e Phuong Dong, e as proibições na costa leste africana.

A previsão indica que os barcos devem demorar mais de três semanas para completar o percurso, que será predominantemente de ventos fracos. A parte mais complicada será o Estreito de Malaca, que separa a ilha de Sumatra (Indonésia) e a Malásia. Uma das maiores rotas marítimas do mundo se concentra em um espaço de 1.5 milhas.

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Sobre o Autor

Antonio Alonso Jr é capitão amador e cobre esporte há 15 anos, com passagens pela Folha de S.Paulo e por um UOL ainda em seus primeiros anos de vida. Jornalista e formado também em Esporte teve a excêntrica ideia de se dedicar à cobertura náutica, com enfoque para a Vela. Depois de oito anos na principal revista especializada do país, estreia seu blog em novo endereço no UOL.

Sobre o Blog

A vela é o exemplo claro de que o sucesso de um esporte não se mede em medalhas. Ela foi o esporte que mais medalhas Olímpicas deu ao Brasil. Ainda assim, é um esporte desconhecido, com enorme dificuldade de atrair público e restrito a guetos idílicos. Este blog não está interessado em resolver esse problema, mas em trazer mais para perto esse esporte excêntrico, complicado talvez, mas cheio de matizes empolgantes e que coloca atletas e meio-ambiente numa simbiose singular no mundo esportivo. Bem-vindo a bordo.

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