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Regata Volta à Ilha leva tripulações ao maior desafio da Copa Suzuki Jimny

Antonio Alonso

28/11/2014 16h36

O desafio está lançado. As tripulações da Copa Suzuki Jimny têm de romper percurso que pode chegar a 50 milhas (92 km) neste sábado (29) na Volta à Ilha – Sir Peter Blake. A largada está prevista para meio-dia no Canal de São Sebastião para veleiros das classes ORC, IRC, C30, RGS Cruiser e RGS A e B. As classes HPE e RGS C correrão regata de percurso médio ou barla-sota (entre boias) no próprio canal ou nas imediações do Farol da Ponta das Canas, extremo norte de Ilhabela. A flotilha deve reunir cerca de 40 barcos. 

O percurso da Volta à Ilha pode variar de acordo com a direção do vento. Leste indica largar na Ponta das Canas e chegar à Ponta da Sela em sentido horário com cerca de 40 milhas (74 km). O vento sul permite que a largada seja em frente ao Yacht Club de Ilhabela (YCI) e a chegada na Ponta das Canas, em sentido anti-horário com cerca de 50 milhas. A Comissão de Regatas define o percurso. A Tempo Ok! prevê para sábado vento leste entre 9 e 12 nós (16 a 21km/h) e para domingo, mesma direção, porém, com intensidade entre 13 e 17 nós (24 a 30 km/h). Nos dois dias a temperatura no período da tarde deve oscilar entre 22 e 24°. 

CA Technologies, líder na C30 (Crédito: Marcos Méndez/SailStation)

As inscrições para a Volta à Ilha, válida pela 4ª etapa da XIV Copa Suzuki Jimny, devem ser feitas na secretaria do evento no YCI nesta sexta (das 18 às 21 h) e sábado (das 8h às 11h) ao valor de R$ 85,00 por tripulante (exceto tripulante-mirim, isento de taxa). 

A Volta à Ilha, em homenagem ao velejador neozelandês Peter Blake, duas vezes campeão da America's Cup e recordista da Whitbread Volta ao Mundo, abre a etapa decisiva marcada para os dois próximos finais de semana. Além de impor às tripulações o desafio de superar a maior distância de uma prova na competição, a regata oferece uma visão privilegiada das praias e enseadas da costa de Ilhabela voltada para mar aberto, a inexplorada face leste, com acesso apenas por rota marítima.

Hora de decisão – Exceção ao veleiro Ginga, o 'papa-títulos de Ilhabela', líder folgado na HPE, a última etapa da temporada promete emoção nas demais classes. A C30 tem à frente o CA Technologies. O primeiro colocado na IRC é o Rudá. Nas divisões da RGS, dois barcos da BL3 – Escola de Iatismo lideram: BL3 Urca na 'A' e BL3 Wind Náutica na Cruiser. Asbar II é o líder na 'B', enquanto o Zeppa é o primeiro na 'C'. 

"Depois de um ano de muitas regatas a BL3 chega à quarta etapa com muita ansiedade, pois lideramos duas classes. A expectativa em relação à Volta à Ilha é de repetirmos a vitória obtida na Cruiser na Regata Alcatrazes para garantir o primeiro lugar", antecipa Pedro Rodrigues, comandante do BL3 Urca. "A Volta à Ilha, além de permitir aos nossos alunos conhecer os encantos de Ilhabela, oferece a eles a oportunidade de vivenciarem diferentes condições de mar e vento. A BL3 participa desde a primeira edição, quando tivemos a felicidade de conhecer Peter Blake, que tanto nos inspira em nossas velejadas", enaltece Pedro. 

Em 2013, o Fita Azul, primeiro a cruzar a linha de chegada, foi o Lexus Chroma, com 8h31m48, apenas 54 segundos à frente do Caballo Loco, vencedor da classe C30. Na primeira edição, em 2000, Peter Blake estava de passagem por Ilhabela, participou da prova com seu veleiro de alumínio Polar Seamaster e entregou os prêmios aos vencedores no Yacht Club de Ilhabela (YCI).

Sorteio após a regata – No sábado (6/12), penúltimo dia de competição, a Wind Charter vai sortear, entre os participantes da Copa Suzuki Jimny, um voucher para duas diárias em um Jeanneau Sun Odyssey 439. O sorteio será no YCI, antes da palestra 'Mussulo III – Regatas e Travessias Oceânicas' do comandante José Guilherme Caldas. A tripulação premiada terá prazo de um ano para aproveitar a velejada, exceto em feriados prolongados.

Fundada, em 2013, em Parati, a Wind Charter tem como objetivo proporcionar novas experiências, tanto para aqueles que já têm alguma intimidade com o mar quanto para marinheiros de primeira viagem. Em seu portfólio estão dez barcos novíssimos, de 34 a 50 pés (11 a 16 metros), disponíveis para imensa gama de atividades. Ao chegar à base, na Marina do Engenho, é possível, por exemplo, optar entre alugar um barco com um skipper ou sair sozinho para curtir um ou mais dias a bordo com a família e amigos.

Resultados acumulados após três etapas, considerando-se os descartes: 

C30 
1º – CA Technologies (Marcelo Massa) – 12 pp 
2º – Caballo Loco (Mauro Dottori) – 18 pp 
3º – Caiçara Porsche (Marcos de Oliveira Cesar) – 26 pp

ORC
1º – Lexus/Chroma (Luis Gustavo de Crescenzo) – 5 pp
2º – Orson (Carlos Eduardo Souza e Silva) – 7 pp

HPE 
1º – Ginga (Breno Chvaicer) – 15 pp 
2º – Fit to Fly (Eduardo Mangabeira) – 35 pp
3º – Suzuki Bond Girl (Rique Wanderley) – 39 pp

RGS A 
1º – BL3 Urca (Pedro Rodrigues) – 12 pp 
2º – Montecristo (Julio Cechetto) – 17 pp 
3º – Fram (Felipe Aidar) – 20 pp 

RGS B 
1º – Asbar II (Sergio Klepacz) – 8 pp 
2º – Kanibal (Martin Bonato) – 18 pp 
3º – Helios (Marcos Gama Lobo) – 20 pp 

RGS C
1º – Zeppa (Diego Zaragoza) – 18 pp
2º – Rainha (Leonardo Pacheco) – 23 pp
3º – Sextante (Thomas Shaw) – 28 pp

RGS Cruiser 
1º – BL3 Wind Náutica (Clauberto Andrade) – 8 pp
2º – Jambock (Marco Aleixo) – 11 pp
3º – Cocoon (Luiz Caggiano) – 20 pp 

IRC
1º – Rudá (Mario Martinez) – 4 pp
2º – Orson (Carlos E. S. Silva) – 7 pp
3º – Mussulo III (José Guilherme Caldas) – 12 pp

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Sobre o Autor

Antonio Alonso Jr é capitão amador e cobre esporte há 15 anos, com passagens pela Folha de S.Paulo e por um UOL ainda em seus primeiros anos de vida. Jornalista e formado também em Esporte teve a excêntrica ideia de se dedicar à cobertura náutica, com enfoque para a Vela. Depois de oito anos na principal revista especializada do país, estreia seu blog em novo endereço no UOL.

Sobre o Blog

A vela é o exemplo claro de que o sucesso de um esporte não se mede em medalhas. Ela foi o esporte que mais medalhas Olímpicas deu ao Brasil. Ainda assim, é um esporte desconhecido, com enorme dificuldade de atrair público e restrito a guetos idílicos. Este blog não está interessado em resolver esse problema, mas em trazer mais para perto esse esporte excêntrico, complicado talvez, mas cheio de matizes empolgantes e que coloca atletas e meio-ambiente numa simbiose singular no mundo esportivo. Bem-vindo a bordo.

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