O maior medalhista olímpico do Brasil com cinco pódios, sendo duas de ouro, duas de prata e uma de bronze, é chamado para integrar grandes equipes.

É assim na SSL e foi nas campanhas olímpicas.

O atleta tem sua história com a Semana Internacional de Vela de Ilhabela, que completa nesta temporada a sua 50ª edição.

As regatas serão de 22 a 29 de julho no Yacht Club de Ilhabela (YCI), no litoral norte paulista, com mais de 120 barcos aguardados.

”É o evento mais importante de vela oceânica da América Latina, sem dúvida nenhuma. É tradicional e muito importante, pois junta toda a comunidade da vela brasileira, sul-americana e mundial”, disse Robert Scheidt.

Robert Scheidt participa da SIVI desde a década de 1980, quando ainda corria na Semana de Monotipos na classe Optimist.

O bicampeão olímpico já disputou várias vezes a SIVI no oceano e venceu em duas oportunidades. A primeira foi em 2011 com o HPE Atrevido, que tinha a bordo Fábio Bocciarelli, Marina Bocciarelli e o irmão do atleta, Thomas Scheidt. Na mesma classe e ano, a ainda adolescente Martine Grael ficou em terceiro lugar com o Atik.

Outro destaque especial na Semana Internacional de Vela de Ilhabela para Robert Scheidt foi no ano passado, quando foi convidado para ser a figura principal no Caballo Loco, barco de Mauro Dottori, campeão da classe C30 de 2022.

”A Semana de Vela de Ilhabela tem grande prestígio e é muito importante para a vela brasileira, pois oferece a oportunidade dos jovens entrarem nesse mundo dos barcos grandes. A minha primeira experiência foi em 1982, no Op, onde velejei pela primeira vez no mar, no Canal de São Sebastião”, completou Robert Scheidt.

Mais de 2 mil pessoas estiveram no local por dia e viram algumas novidades do mercado e participaram de palestras.

Navegadores como André Homem de Mello, Alex Belov e Max Fercondini falaram de suas aventuras a bordo de veleiros pelo mundo.

Ao todo foram 15 palestras durante os três dias do VelaShow 2023.

Mais de 50 expositores participaram do evento, e a expectativa era de 1000 a 1200 pessoas por dia na feira, número que foi superado em todos os dias.

”Atingimos o objetivo proposto que era trazer algo novo para a região, para essa cidade maravilhosa que é conhecida como a capital da vela, e esperamos que no ano que vem possamos realizar uma nova edição do VelaShow aqui, e quem sabe até um pouco maior do que a edição deste ano”, revelou Edilberto Almeida, organizador do VelaShow.

Devido ao sucesso, Ilhabela (SP) irá fazer o evento novamente em 2024.

O VelaShow já passou por Itajaí (SC) e Niterói (RJ).

Foto: Ilhabela

O Phytoervas será Capitaneado por Renata Bellotti, que terá uma equipe 100% feminina na prova.

O objetivo dela é conquistar a Fita-Azul.

A tripulação é formada por Renata, Amanda Rodrigues, Isabela Malphigi, Mila Von Beckerath, Paola Prada, Valentina Frediani, Tatiana Almeida, Nicole, Raquel Emona, Elisa Andrade, Clarice, Arwen Ray e Daniela Sanchez.

”Uma regata de percurso longo pode acontecer de tudo! Como faz sol de manhã e chuva no período da tarde. Então a primeira estratégia é monitorar a previsão e fazer o preparo de roupas e comida. Estamos conversando todos os dias, trocando informações e ideias que cada atleta possui sobre o percurso”, explicou Renata Bellotti, velejadora do Phytoervas.

A equipe também possui uma amizade com a tripulação do barco Ambipar Response, que estará presente na regata. Marcelo Bellotti é irmão de Renata, enquanto Juan de La Fuente é marido da velejadora.

”É muito importante o apoio e inclusão das mulheres no esporte. O barco Phytoervas é um barco tecnológico e rápido, com a tripulação 100% feminina. Isso é um orgulho para nossos apoiadores Phytoervas e Ambipar Response”.

”Particularmente, estou muito feliz e na torcida pela Renata e todas velejadoras”, finalizou Marcelo Bellotti, velejador do barco Ambipar Response.

A regata começa no Ubatuba Iate Clube com destino até a Ponta das Canas, em Ilhabela.

Foto: Caio Souza | On Board

A estrutura completa estará montada na Escola de Vela Lars Grael e contará com o apoio da prefeitura local. Serão realizadas cinco palestras por dia, totalizando 15 ao todo, com personalidades do mundo náutico.

O primeiro dia de palestras contará com Tio Spinelli, Edmar Moraes, Lorenzo Cardozo, Gabriel Borgstrom e Jorge Souza.

No segundo dia, Aleixo Belov abrirá as palestras, seguido por Denílson, Marcos Fercondini, Marina e Michel, e Beto Pandiani. No encerramento do evento, as palestras serão voltadas ao dia-a-dia da navegação, com Carlos Flesh, Juca Andrade, Giovani Dolif, Cláudio Copello e Cássio do Canto.

“O VelaShow traz consigo 15 palestras dedicadas à economia do mar e a todos os aspectos que envolvem a rotina em um veleiro. É uma oportunidade única para se aprofundar nesse universo e explorar as possibilidades que o mar oferece”, afirmou Edilberto Almeida, organizador do VelaShow.

No ano passado, o evento ocorreu no Clube Naval Charitas, em Niterói (RJ), enquanto em 2019, sua estreia aconteceu em Itajaí (SC). O VelaShow tem como objetivo proporcionar um encontro de tendências, inovações e produtos e serviços relacionados à vela náutica.

Muitos expositores que estiveram presentes na edição de 2022 já confirmaram presença no VelaShow 2023, mesmo sem saber o local exato do evento. Com Ilhabela (SP) como destino, a organização espera atrair um maior número de empresas para a cidade.

A equipe da Cardoso Almeida, responsável pela feira, acredita que Ilhabela (SP), assim como Niterói (RJ), será um fator atrativo para receber mais visitantes, já que a cidade sedia outros grandes eventos da modalidade e forma profissionais ligados à indústria náutica.

O VelaShow é uma oportunidade ideal para os apaixonados pelo mundo da vela conhecerem novidades, encontrar profissionais e representantes de empresas do mercado. Durante os três dias do evento, os participantes terão a chance de explorar lançamentos exclusivos em produtos e serviços, além de interagir com empreendedores experientes e inovadores.

A Cardoso Almeida possui mais de 15 anos de experiência na realização de eventos nacionais e internacionais em diversos setores, como elevadores, indústria moveleira e automação residencial e predial. A empresa conta com o apoio de renomadas instituições em seus eventos.

Foto: Daniel Mafra

No último domingo, dia 4, foram definidas as últimas vagas da equipe brasileira de vela para os Jogos Pan-Americanos de Santiago 2023.

O evento que definiu os representantes nacionais foi a II Copa Brasil de Vela de Praia, realizado em Arraial do Cabo, RJ.

A competição, organizada pela Confederação Brasileira de Vela (CBVela), contou com a participação de atletas de todo o país. As vagas nas classes ILCA 6, ILCA 7, Snipe, Lightning e iQFOil foram preenchidas após as provas realizadas no litoral fluminense.

”A equipe brasileira de vela tem nomes de ponta, incluindo campeãs olímpicas e pan-americanas, além de finalistas em eventos internacionais”.

”O grupo é bastante experiente e todos estão em ótima preparação em suas respectivas classes”, contou Marco Aurélio de Sá Ribeiro, presidente da CBVela.

Parte dos atletas participam de eventos internacionais apoiados pelo termo de fomento à vela olímpica com parceria da CBVela.

O objetivo é a preparação da Equipe Olímpica Principal de Vela e participação nos campeonatos internacionais. O número do convênio é 930972/2022.

Classificados

Snipe
Juliana Duque e Rafa Martins

Lightning
Thomas Summer, Ana Barbachan e Larissa Juk

ILCA 7
Bruno Fontes

ILCA 6
Gabriella Kidd

Fórmula Kite
Bruno Lobo
Maria do Socorro Reis

IQFoil
Mateus Isaac
Bruna Martinelli

49er
Marco Grael e Gabriel Simões

49erFX
Martine Grael e Kahena Kunze

Nacra 17
Samuel Albrecht e Gabriela Sá

Foto: Gabriel Heusi

O objetivo do encontro, promovido pela Comissão do Esporte, foi discutir a preparação dos atletas brasileiros para os Jogos Olímpicos de Paris em 2024, visando garantir o melhor desempenho da delegação nacional na competição.

A audiência foi solicitada pelo presidente da Comissão, deputado Luiz Lima (PL-RJ), juntamente com os deputados Maurício do Vôlei (PL-MG) e Delegado da Cunha (PP-SP).

Essa iniciativa faz parte de uma série de debates promovidos pela comissão, que busca ouvir as confederações esportivas do país sobre a preparação dos atletas para os Jogos na França.

Além do presidente Marco Aurélio de Sá Ribeiro, da CBVela, estiveram presentes representantes de outras importantes confederações esportivas do país, como a Confederação Brasileira de Atletismo, representada pelo presidente Wlamir Motta Campos, o Conselho Nacional de Dança Desportiva, representado pelo presidente Patric Tebaldi e pelo diretor de Breaking José Bispo de Assis, e a Confederação Brasileira de Ciclismo, representada pelo presidente José Luiz Vasconcellos.

Marco Aurélio de Sá, presidente da CBVela, ressaltou que a vela é um esporte no qual são feitos investimentos consideráveis visando a obtenção de resultados.

Nesse sentido, a política da CBVela foi modificada para que os atletas participem dos Jogos Olímpicos apenas se tiverem chances reais de subir ao pódio.

A vela já possui um histórico vitorioso nas Olimpíadas, portanto, o objetivo é buscar medalhas e não apenas ganhar experiência.

Para os Jogos de 2024, a CBVela prevê que nas 10 classes olímpicas haverá representantes em seis delas, todos com chances de disputa.

O presidente da CBVela também destacou a estrutura proporcionada pela entidade para a modalidade no país. Atualmente, existem dois centros de treinamento disponíveis para a preparação dos atletas, e um terceiro está prestes a ser inaugurado.

O longa dirigido por Guilherme De Lucca retrata os desafios enfrentados pelo navegador em suas aventuras pelos mares do planeta.

A viagem ocorreu no início dos anos 2000 e será exibido em setembro de 2023 no Canal Off e Globoplay.

O filme tem como base o livro Diário de Bordo lançado em 2004 com mais de dez mil cópias vendidas, segundo o próprio André H. Mello, que hoje vive em Ilhabela (SP) e trabalha como instrutor e corretor de veleiros.

Segundo o release enviado agora pela agência On Board, o filme terá cenas inéditas captadas pelo próprio velejador em um veleiro de 38 pés, além de depoimentos e fotos.

As imagens retratam as memoráveis travessias pelo Cabo da Boa Esperança, também conhecido como Cabo das Tormentas, pelo Cabo Leeuwin, na Austrália, pelas águas do sul da Nova Zelândia e pelo temido Cabo Horn, localizado no extremo sul da América do Sul.

”Naveguei em uma região conhecida estatisticamente por ter muitas tempestades, que é o oceano Austral. Os desgastes dos equipamentos, já que passei seis meses sem pisar em terra, foram muitos, principalmente nas velas, motor e eletrônicos”, explicou André Homem de Mello, que atua como instrutor de cursos de vela na Sailing Adventures e corretor de veleiros novos e usados na HM Yachts.

”Essa jornada repleta de desafios, além de ser inédita para um velejador brasileiro em solitário, é quase rara no mundo. Apenas 230 pessoas alcançaram tal façanha. O filme mostra o sacrifício de enfrentar seis meses de uma viagem solitária, sem tocar em terra firme, enfrentando as maiores ondas e tempestades do planeta”.

Depois do boom de uma década atrás, os veleiros agora medem na ORC, sem uma classe só pra eles!

Muitos proprietários mudaram a estratégia e investiram em melhorias, o que seria impossível quando mediam em monotipos.

Um exemplo é o S40 4Z, que tem o naming rights da Phytoervas.

O barco de Marcelo Bellotti segue muito rápido e prova disso foi na vitória da regata Volta da Laje de Santos (SP).

Foram o fita-azul com quase duas horas de vantagem sobre o segundo colocado.

A segunda colocação ficou com o Asbar IV.

O veleiro largou às 11h55 e cruzou a linha de chegada nas imediações do Clube dos Pescadores às 17h56.

O barco contou com Wallace Attie, Fábio Bodra, Fábio Prada, Lineu Salles, Marcos Leite, Lucas Mesquita, Mauricio Bueno e Juan de la Fuente.

A tradicional Volta da Laje de Santos foi organizada pelo Iate Clube de Santos e contou com a participação das classes ORC, RGS e Mini 6.5.

”Foi uma regata bastante desafiadora pela distância, mas as condições com tempo bom e vento constante ajudaram! O vento ficou firme da largada até quase a chegada”.

”Saímos em um contravento até a Laje de Santos. Voltamos com balão até próximo do final. Foi muito bacana disputar essa, que é considerada uma das mais tradicionais provas de oceano de São Paulo”, disse Juan de La Fuente, integrante da equipe.

O veleiro foi alugado por amigos que correm a Semana de Vela de Ilhabela para a disputa em Piano di Sorrento, na Itália.

O quarteto foi formado por Mauro Dottori, diretor de Vela do YCI e campeão da Semana Internacional de Vela de Ilhabela na classe C30, Fábio Cotrim, Luciano Secchin e Luís Staub.

A tripulação contou ainda com vários nomes fortes da Vela brasileira: Bento Albuquerque, Toni Guiu, Filipe Fuertes, Jorginho Zarif, Juninho Jesus, Nacho Giammona, Luquinha Fábio Rodrigues, Fábio Pilar, Alexandre Marin, Alfredo Rovere e Domi Knuppel.

O título da ORC Mediterranean Championship ficou com o também TP52 Beau Gest (Hong King), de Kwok Karl, e a terceira colocação com o argentino From Now On, um Swan 45.

”Fomos muito regulares e levamos um barco velho – mas bom – à segunda colocação. Como dizia Ayrton Senna quando corria na F1 pela Lotus Cammel em 1987, quem não tem cavalos vai com os burros mesmos. Fizemos bonito e fomos reconhecidos. Belo campeonato”, contou Mauro Dottori.

Os velejadores agora voltam às atenções para a Semana Internacional de Vela de Ilhabela, que chega à sua 50ª edição de 22 a 29 de julho. O comandante Mauro Dottori vai liderar o Phoenix ao lado de Fábio Cotrim. Já o capixaba Luciano Secchin tentará voltar ao título da SIVI com o +Bravíssimo e Luís Staub buscará o pódio na HPE25.

Para a edição de 2023, estão convidadas as classes HPE30, ORC, Clássicos, C30, BRA-RGS, Bico de Broa, Multicascos, HPE25 e VPRS. Os mais de 100 barcos esperados para as regatas de julho participarão de provas em percursos variados ao longo da semana.

Além das competições, a Semana Internacional de Vela de Ilhabela também oferece uma série de atividades culturais e sociais dentro e fora do Yacht Club de Ilhabela, como shows, exposições e palestras.

Foto: Carlo Borlenghi

A Equipe Brasileira de Vela disputará eventos importantes na Europa das classes olímpicas nos meses de maio, junho e julho.

Os atletas Bruno Lobo, Lucas Fonseca e Socorro Reis estão escalados para o Allianz Regatta, em Almere, na Holanda, de 31 de maio a 4 de junho.

O trio corre de Formula Kite, nova classe da modalidade incluída para Paris 2024.

Outro evento que pode ter presença de velejadores nacionais é a Semana de Kiel, na Alemanha.

De 7 a 16 de julho, será realizada na raia olímpica de Marselha, na França, o Evento Teste. A tradicional competição ocorre exatamente um ano antes dos Jogos.

”A vela brasileira está preparada e treinada para conseguir bons resultados nos eventos na Europa, que serão importantes para o Mundial de Haia, que está por vir, além dos Jogos Pan-Americanos e a Olimpíada do ano que vem!”

”O programa de fomento da vela olímpica ajuda nessa preparação e também nas viagens dos competidores”.

”Mesclamos uma equipe jovem com velejadores experientes”, disse Marco Aurélio de Sá Ribeiro, presidente da CBVela.

O grupo será formado por Mateus Isaac, na IQfoil, Martine Grael e Kahena Kunze, na 49erFX,
Bruno Lobo, na Fórmula Kite, e a dupla Joao Bulhões e Marina Arndt, na Nacra 17.

A equipe terá como chefe de equipe os multimedalhista pan-americano Klaus Biekarck e o head Coach será Torben Grael, dono de cinco medalhas olímpicas.

Os atletas participam dos eventos na França apoiados pelo termo de fomento à vela olímpica com parceria da CBVela.

O objetivo é a preparação da Equipe Olímpica Principal de Vela e participação nos campeonatos internacionais. O número do convênio é 930972/2022.

A vela brasileira tem como destaque o Núcleo de Base do programa da Confederação Brasileira de Vela – CBVela junto ao Ministério do Esporte pelo Convênio 920223/2022.

O trabalho leva jovens atletas a se aperfeiçoarem na modalidade, com o propósito de levá-los ao alto-rendimento, incluindo participações em classes olímpicas e pan-americanas.

Foto: Sailing Energy