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Sobre as Águas

Barcos da Vendée Globe começam a cruzar o Cabo Horn

Antonio Alonso

03/01/2021 17h54

A Vendée Globo se aproxima dos 60 dias de regata e os líderes da volta ao mundo em solitário já começam a cruzar o Cabo Horn.
O primeiro a passar pela ilha solitária nos mares do sul foi o francês Yannick Bestaven a bordo do Master CoQ IV.

A passagem ocorreu neste sábado (2) após 55 dias de regata para o IMOCA.

Ex-vencedor da MiniTransat e duas vezes da Transat Jacques Vabre, Yannick Bestaven cruzou o Horn pela primeira vez na carreira. O francês tem 48 anos.

"Tive de acreditar nas minhas opções e no meu percurso sem me preocupar muito com o que os meus concorrentes podiam fazer".

"Tive que ser teimoso, especialmente quando fiquei ao longo da barreira de gelo (exclusão obrigatória). Mas eu não pensei que você pudesse ir tão longe para superar a parte física e mental com todo o estresse, o frio, a umidade, a solidão".

O Master CoQ IV assumiu a liderança um pouco antes a longitude da Tasmânia. Ele tem navegado consistentemente mais rápido em seu design de IMOCA VPLP Verdier 2015.

Os veleiros estão em modo regata desde 8 de novembro e restam mais de 7 mil milhas náuticas para o fim.

O segundo a passar pelo Cabo Horn foi o também francês Charles Darlin, do APVIA, atual campeão da Transat Jacques Vabre Normandie Le Havre.

O terceiro colocado Thomas Ruyant deve fazer a passagem nas próximas horas!

Veja o ranking atualizado — https://www.vendeeglobe.org/en/ranking

Sobre o Autor

Antonio Alonso Jr é capitão amador e cobre esporte há 15 anos, com passagens pela Folha de S.Paulo e por um UOL ainda em seus primeiros anos de vida. Jornalista e formado também em Esporte teve a excêntrica ideia de se dedicar à cobertura náutica, com enfoque para a Vela. Depois de oito anos na principal revista especializada do país, estreia seu blog em novo endereço no UOL.

Sobre o Blog

A vela é o exemplo claro de que o sucesso de um esporte não se mede em medalhas. Ela foi o esporte que mais medalhas Olímpicas deu ao Brasil. Ainda assim, é um esporte desconhecido, com enorme dificuldade de atrair público e restrito a guetos idílicos. Este blog não está interessado em resolver esse problema, mas em trazer mais para perto esse esporte excêntrico, complicado talvez, mas cheio de matizes empolgantes e que coloca atletas e meio-ambiente numa simbiose singular no mundo esportivo. Bem-vindo a bordo.

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