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Previsão de chegada da quarta etapa aumenta após ventos fracos

Antonio Alonso

12/01/2018 21h11

Leg 4, Melbourne to Hong Kong, day 11 Spirits are high as we make good progress towards the home port on board Sun Hung Kai/Scallywag. Photo by Konrad Frost/Volvo Ocean Race. 12 January, 2018.

A quarta etapa da Volvo Ocean Race 2017-18 é uma das mais complicadas para as equipes na passagem pelos Doldrums, área de pouco vento entre os hemisférios.

Os sete barcos, que sobem para Hong Kong desde Melbourne, já deixaram essa região e cruzaram a Linha do Equador, depois de sofrerem os efeitos de muito calor e falta de vento, tradicionais por lá.

Agora um pouco mais rápidos, os barcos se espalham no Pacífico Norte. A flotilha nesta sexta-feira (12) está na altura da Micronésia e a previsão de chegada em Hong Kong passou para 19 de janeiro. Justamente por causa dos efeitos das calmarias dos Doldrums.

A liderança da quarta etapa esteve nas mãos de praticamente todas as equipes. Agora os próximos anfitriões estão em primeiro, o Sun Hung Kai / Scallywag. O barco adotou uma estratégia mais a leste dos demais seis concorrentes. A etapa já teve outros líderes, incluindo o team AkzoNobel, da brasileira Martine Grael, e o Dongfeng Race Team, que esteve a frente por mais tempo até agora!

"As condições foram bem difíceis. O vento mediu de quatro a 11 nós e mudamos todo o peso do barco de lado. Quando terminamos, mudou tudo e tornamos a levar tudo pra o outro lado. É um verdadeiro baile", disse Carolijn Brouwer, do Dongfeng. "Estamos lá atrás, mas na realidade pode mudar. Fomos mais a norte e o primeiro a acelerar nos ventos alísios terá boa vantagem".

A quarta etapa novamente cruzou a Linha do Equador e como manda a tradição, os velejadores que nunca passaram por esse trecho são batizados pelo Rei Netuno. Dessa vez foram Sam Newton, do Brunel, Hannah Diamond, do Vestas 11th Hour Racing, Bleddyn Mon e Bernardo Freitas, do Turn the Tide on Plastic e Trystan Seal, do Scallywag.

Sobre o Autor

Antonio Alonso Jr é capitão amador e cobre esporte há 15 anos, com passagens pela Folha de S.Paulo e por um UOL ainda em seus primeiros anos de vida. Jornalista e formado também em Esporte teve a excêntrica ideia de se dedicar à cobertura náutica, com enfoque para a Vela. Depois de oito anos na principal revista especializada do país, estreia seu blog em novo endereço no UOL.

Sobre o Blog

A vela é o exemplo claro de que o sucesso de um esporte não se mede em medalhas. Ela foi o esporte que mais medalhas Olímpicas deu ao Brasil. Ainda assim, é um esporte desconhecido, com enorme dificuldade de atrair público e restrito a guetos idílicos. Este blog não está interessado em resolver esse problema, mas em trazer mais para perto esse esporte excêntrico, complicado talvez, mas cheio de matizes empolgantes e que coloca atletas e meio-ambiente numa simbiose singular no mundo esportivo. Bem-vindo a bordo.

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