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Yacht Club Paulista é campeão brasileiro de Flash 165

Antonio Alonso

16/10/2017 14h58

Dupla do YCP, Paulo Baz e João Toledo, conduz o Cielo e Mare rumo ao título na Guarapiranga (Ricardo Amatucci / Almanáutica)

Os velejadores Paulo Baz e João Toledo, representantes do Yacht Club Paulista, conquistaram neste domingo (15/10) o Campeonato Brasileiro da Classe Flash 165, organizado pelo Yacht Club Santo Amaro. Com o barco Cielo e Mare, a dupla do YCP fez uma campanha de recuperação para chegar ao título, vencendo as três últimas regatas na Represa Guarapiranga.

Os campeões obtiveram a expressiva marca de quatro vitórias em oito regatas e terminaram a competição com 14 pontos perdidos, mesma pontuação dos vice-campeões, porém, com duas vitórias a mais do que Sebastião Alves e Paulo Patti, do YCSA/Pera Náutica, com o barco Zinhos. Agustin Basso e Lami Buccolo, também do YCSA, completaram o pódio com a embarcação Imagine.

No domingo decisivo, o vento sul que trouxe a frente fria entrou na represa com rajadas de 15 nós, quase 30 km/h, o que ajudou a impulsionar o Cielo e Mare rumo ao título entre os oito barcos. "O vento forte nos favoreceu. Até sábado estávamos em segundo lugar e só a vitória nos daria o título. Velejamos de forma consistente e vencemos", afirmou o timoneiro Paulo Baz.

O Cielo e Mare vinha de dois vice-campeonatos: Brasileiro em 2016 e Paulista em 2017. O título veio após a parceria firmada entre YCP e Flash Club, dirigido por Paulo Fax. "Estamos aproveitando a completa estrutura do YCP, onde passamos a deixar o barco. Fomos muito bem recebidos por marinheiros, velejadores e diretoria. O investimento em treino e equipamentos também foi recompensado", comemorou Paulo Baz.

Sudeste Brasileiro de Laser – A movimentação durante o feriado prolongado foi intensa nas raias da Guarapiranga, que também recebeu o Campeonato Brasileiro Sudeste da Classe Laser, com sede no Yacht Clube Paulista. Os 33 barcos de São Paulo, São Sebastião e Vitória (ES) correram oito regatas em quatro dias, com destaque para Stefano Mazzaferro, (YCSA), campeão na categoria Standard.

Mazzaferro obteve cinco vitórias, contra duas do vice-campeão, o velejador olímpico chileno Felipe Echenique. O bronze ficou com Stephan Kunath, com os três degraus do pódio ocupados pelo YCSA. Na Laser Radial, vitória de Felipe Fonseca (YCSA), seguido por Jayme de Paula Jr. (YCP) e Guilherme Marciani (Ventos & Velas – São Sebastião).

A capixaba Julietty Tesch foi absoluta na Laser 4.7. A tetracampeã brasileira venceu as seis primeiras regatas e descartou as duas últimas. Micael Cruz (Ventos & Velas) e Aleksandros Motta (YCSA) completaram o pódio. "Gosto muito da variação de ventos na represa. O resultado é efeito de um trabalho intenso com nutricionista, preparação física e treinamento funcional. O ano está sendo muito bom", enfatizou Julietty, que já havia sido terceira colocada no Campeonato Carioca entre mais de 20 barcos.

Campeonato Brasileiro de Flash 165

1 – Cielo e Mare – Paulo Baz/João Toledo (YCP) – 14 pontos perdidos
2 – Zinhos – Sebastião Alves/Paulo Patti (Pera/YCSA) – 14 pp
3 – Imagine – Agustin Basso/Lami Buccolo (YCSA) – 24 pp

Sudeste Brasileiro de Laser

Laser Standard
1 – Stefano Mazzaferro (YCSA) – 7 pontos perdidos
2 – Felipe Echenique (YCSA) – 11 pp
3 – Stephan Kunath (YCSA) – 21 pp

Laser Radial 
1 – Felipe Fonseca (YCSA) – 10 pp
2 – Jayme de Paula (YCP) – 13 pp
3 – Guilherme Marciani (V&V) – 20 pp

Laser 4.7
1 – Juliétty Tesch (Vitória-ES) – 6 pp
2 – Micael Cruz (V&V) – 13 pp
3 – Aleksandros Motta (YCSA) – 13 pp

Sobre o Autor

Antonio Alonso Jr é capitão amador e cobre esporte há 15 anos, com passagens pela Folha de S.Paulo e por um UOL ainda em seus primeiros anos de vida. Jornalista e formado também em Esporte teve a excêntrica ideia de se dedicar à cobertura náutica, com enfoque para a Vela. Depois de oito anos na principal revista especializada do país, estreia seu blog em novo endereço no UOL.

Sobre o Blog

A vela é o exemplo claro de que o sucesso de um esporte não se mede em medalhas. Ela foi o esporte que mais medalhas Olímpicas deu ao Brasil. Ainda assim, é um esporte desconhecido, com enorme dificuldade de atrair público e restrito a guetos idílicos. Este blog não está interessado em resolver esse problema, mas em trazer mais para perto esse esporte excêntrico, complicado talvez, mas cheio de matizes empolgantes e que coloca atletas e meio-ambiente numa simbiose singular no mundo esportivo. Bem-vindo a bordo.

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