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Classe HPE 25: emoção na Semana de Vela de Ilhabela

Antonio Alonso

04/07/2017 18h29

HPE 25: promessa de duelos em Ilhabela (Marcos Méndez / SailStation)

Mais numerosa flotilha entre as classes one design, a HPE 25 promete equilíbrio e emoção na 44ª Semana de Vela de Ilhabela (SVI) entre 9 e 15 de julho no Canal de São Sebastião. A maioria dos 24 barcos inscritos no Campeonato Brasileiro, disputado há duas semanas também em Ilhabela, estará novamente nas raias, inclusive os três primeiros da Semana de Vela de 2016: Ginga, Takra e Dom, respectivamente.

A primeira regata da HPE 25 na competição será domingo (09/7), a tradicional Renato Frankenthal, prova de percurso que não somará pontos para a SVI. A classe voltará a correr de 12 a 15 de julho na disputa pelo título de 2017. Desde 2012, apenas dois barcos venceram com três títulos para o Ginga (2013/14/16) e dois para o Bond Girl (2012/15). Fit to Fly e Dom, prata e bronze no Brasileiro recém-encerrado, também estão entre os favoritos. O atual campeão nacional, Phoenix, não correrá a SVI.

Filiado ao Yacht Club de Ilhabela (YCI), sede da Semana de Vela, o Dom terá o privilégio de correr em casa. "Realizamos o Campeonato Brasileiro de HPE25 em junho em Ilhabela justamente para incentivarmos as tripulações a manterem seus barcos para a SVI. A expectativa é de um campeonato com um alto nível técnico, o que tem sido constante na classe", afirma o timoneiro do Dom, Pedro Lodovici.

Apesar da assiduidade no pódio das últimas competições, o comandante do Dom descarta a superioridade de seu barco diante dos fortes concorrentes. "O terceiro lugar no Brasileiro não nos permite imaginar qualquer tipo de favoritismo. Creio que pelo menos seis equipes têm condições de vencer. A exemplo do Brasileiro, vamos priorizar a regularidade e evitar riscos. Depois, se evoluirmos, soltaremos a velejada nas regatas decisivas", prevê Lodovici.

Ranking Gil Souza Ramos – A classe HPE 25 conta hoje com expressiva flotilha nacional composta por 60 embarcações distribuídas por São Paulo, Rio de Janeiro, Ilhabela, Salvador e Florianópolis. Além do prazer de se velejar oferecido pela classe, as tripulações receberam neste ano um incentivo a mais para se manterem ativas: a criação do Ranking Gil Souza Ramos, que ao final de 2017 contemplará o proprietário do barco mais ativo com uma nova embarcação, em troca da atual. A 44ª Semana de Vela somará pontos para a flotilha de Ilhabela.

Divididos geograficamente em flotilhas, Guarapiranga (São Paulo), Ilhabela e Rio de Janeiro, os barcos somam os pontos perdidos, entre 0,5 e um ponto, conforme a importância do campeonato. Quem não corre perde dez pontos. Os três mais assíduos (menos pontos perdidos) ao longo da temporada estarão classificados para a Final Nacional no segundo semestre de 2018, uma semana antes do Campeonato Brasileiro, em Florianópolis. A flotilha mais ativa receberá uma vaga-bônus, totalizando dez barcos para o evento inédito.

Equilíbrio na pontuação – As três flotilhas do Ranking Gil Souza Ramos travam acirrada disputa pelas primeiras colocações até a Semana de Vela de Ilhabela. Guarapiranga (SP): Bond Girl, Ubuntu, Sururu, Euphoria, Rex, Blue Shark e Phoenix – 2,5 pontos perdidos. Rio de Janeiro (RJ): Tarja Preta, Motu, Vésper, Alhena e Carioca Fiote – 3,0 pontos perdidos. Ilhabela (SP): Conquest, Ginga, Cabron, Dom e Golden Shark – 2,5 pontos perdidos.

 

Sobre o Autor

Antonio Alonso Jr é capitão amador e cobre esporte há 15 anos, com passagens pela Folha de S.Paulo e por um UOL ainda em seus primeiros anos de vida. Jornalista e formado também em Esporte teve a excêntrica ideia de se dedicar à cobertura náutica, com enfoque para a Vela. Depois de oito anos na principal revista especializada do país, estreia seu blog em novo endereço no UOL.

Sobre o Blog

A vela é o exemplo claro de que o sucesso de um esporte não se mede em medalhas. Ela foi o esporte que mais medalhas Olímpicas deu ao Brasil. Ainda assim, é um esporte desconhecido, com enorme dificuldade de atrair público e restrito a guetos idílicos. Este blog não está interessado em resolver esse problema, mas em trazer mais para perto esse esporte excêntrico, complicado talvez, mas cheio de matizes empolgantes e que coloca atletas e meio-ambiente numa simbiose singular no mundo esportivo. Bem-vindo a bordo.

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