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Phoenix é campeão brasileiro da classe HPE 25 em Ilhabela

Antonio Alonso

20/06/2017 21h00

Phoenix: título inédito na Capital Nacional da Vela (Marcos Méndez / SailStation)

O 13º Campeonato Brasileiro de HPE 25 consagrou o Phoenix com o inédito e mais relevante título nacional da classe. Em oito regatas disputadas no Canal de São Sebastião, o barco do Yacht Club Paulista (YCP) foi soberano entre os 24 inscritos. Obteve três vitórias e descartou como pior resultado um quarto lugar. Fit to Fly e Dom, ambos de Ilhabela, ficaram em segundo e terceiro lugares, respectivamente.

A tripulação do Phoenix formada por Eduardo Souza Ramos, André Fonseca (Bochecha), Juninho e Jesus e Amauri Gonçalves, comemorou a conquista com os resultados obtidos de quinta-feira a sábado. As duas regatas previstas para domingo foram canceladas devido à falta de vento. Caso as duas regatas fossem realizadas, bastaria ao Phoenix um sétimo lugar para consolidar o título brasileiro.

"Tivemos três dias de muitos acertos e mantivemos a regularidade de não chegar além da quarta posição. Nossos tripulantes velejaram com muita inspiração e mostraram que estavam bem preparados. Em 2016 fomos vice-campeões no Rio de Janeiro", justificou o comandante Souza Ramos. Neste ano o Phoenix ficou em terceiro no Campeonato Paulista, na Guarapiranga, e em segundo lugar na 2ª Etapa da Copa Suzuki há duas semanas também em Ilhabela.

Os vice-campeões fizeram o máximo possível para aprimorar o desempenho do Fit to Fly, mas comemoraram com intensidade as medalhas de prata conquistadas na Capital Nacional da Vela. "O Phoenix não deu chances para ninguém. Fez um campeonato perfeito, mas nós estamos felizes e certos que nos esforçamos muito", considerou o timoneiro do Fit to Fly, Henrique Hadad, o Gigante. "Pelo tamanho (oito metros) e número de tripulantes (quatro), a classe HPE 25 é perfeita para se velejar no Brasil", concluiu Gigante.

Pela primeira vez no pódio do Campeonato Brasileiro de HPE 25, o timoneiro do Dom, Pedro Lodovici, revelou a tática para manter a regularidade e levar a tripulação às medalhas de bronze mesmo sem vencer regata. "Combinamos para competir de forma conservadora, sem preocupação com a vitória, mas se possível chegarmos sempre entre os seis primeiros. Fomos agressivos apenas nas largadas, sempre fundamentais para se manter na frente em uma flotilha com barcos e tripulações tão iguais", afirmou o comandante do Dom.  O próximo encontro da classe HPE 25 será na Semana de Vela de Ilhabela, de 7 a 15 de julho.

Classificação após oito regatas (um descarte)

1 – Phoenix (Eduardo Souza Ramos): 3+1+(4)+2+3+1+1+3= 14 pontos perdidos

2 – Fit to Fly (Henrique Hadad): 2+4+6+3+2+3+(12)+2 = 22 pp

3 – Dom (Pedro Lodovici): 7+3+7+5+4+4+3+!17) = 33 pp

4 – Ginga (Breno Chvaicer): 11+2+2+1+6+(19)+11+4 = 37+2* = 39 pp

5 – Alhena (Mário Tinoco): 8+11+1+4+7+5+4+(18) = 40 pp

*Ginga teve dois pontos acrescidos por penalidade sofrida na quinta regata

Categoria Silver

1 – Conquest (Marco Hidalgo) – 62 pp

2 – Sururu (Martin Lowy) – 68 pp

3 – Pé de Vento (Vasco Simões ) – 88 pp

Sobre o Autor

Antonio Alonso Jr é capitão amador e cobre esporte há 15 anos, com passagens pela Folha de S.Paulo e por um UOL ainda em seus primeiros anos de vida. Jornalista e formado também em Esporte teve a excêntrica ideia de se dedicar à cobertura náutica, com enfoque para a Vela. Depois de oito anos na principal revista especializada do país, estreia seu blog em novo endereço no UOL.

Sobre o Blog

A vela é o exemplo claro de que o sucesso de um esporte não se mede em medalhas. Ela foi o esporte que mais medalhas Olímpicas deu ao Brasil. Ainda assim, é um esporte desconhecido, com enorme dificuldade de atrair público e restrito a guetos idílicos. Este blog não está interessado em resolver esse problema, mas em trazer mais para perto esse esporte excêntrico, complicado talvez, mas cheio de matizes empolgantes e que coloca atletas e meio-ambiente numa simbiose singular no mundo esportivo. Bem-vindo a bordo.

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