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SSL Finals: medalhistas olímpicos competem nas Bahamas

Antonio Alonso

26/11/2016 16h22

Xavier Rohart (e Ponsot): francês lidera ranking da SSL (Marc Roullier / SSL)

Xavier Rohart (e Ponsot): francês lidera ranking da SSL (Marc Roullier / SSL)

O Nassau Yacht Club (NYC) vai reunir nos próximos dias o maior número de medalhistas olímpicos da Star Sailors League (SSL) Finals, disputada desde 2013 nas Bahamas. A competição deste ano receberá 25 duplas de 17 países e oferecerá premiação geral de U$ 200.000. O nível dos participantes é surpreendente. A lista de inscritos inclui 16 medalhistas olímpicos, além de campeões mundiais e vencedores da Volvo Ocean Race, America's Cup e Louis Vuitton Cup. Um desfile de astros da vela na Baía de Montagu.

As regatas da fase de classificação estão previstas entre 29 de novembro e 02 de dezembro. As dez duplas mais bem colocadas seguem adiante. O sábado (03/12) está reservado para as etapas eliminatórias: quartas de final, semifinal e a decisão, que terá quatro barcos brigando por três lugares no pódio. A SSL leva anualmente a Nassau os melhores timoneiros e proeiros do ranking da temporada. O critério de 2016 classificou diretamente os doze primeiros de ambos os rankings, enquanto mais 13 duplas entre as melhores do mundo na classe Star, receberam convites vip.

O Brasil contará com três duplas às Bahamas. Donos de cinco medalhas olímpicas, Robert Scheidt e Torben Grael terão como proeiros, Henry Boening (Maguila) e Guilherme de Almeida (Madá). Também medalhista, Bruno Prada correrá ao lado de Jorge Zarif. A Alemanha terá Jochen Schümann, três ouros e uma prata em Jogos Olímpicos nas classes Finn e Soling e mais duas vitórias na America's Cup pelo time suíço Alinghi. Paul Cayard, dos Estados Unidos, competirá como campeão mundial de Star, vencedor da Whitbread Volta ao Mundo e da Louis Vuitton Cup.

A SSL Finals 2016 será impulsionada ainda pelos Jogos Olímpicos Rio 2016. O croata Sime Fantela, ouro na classe 470 é presença confirmada. O pódio da Laser também estará completo em Nassau, com o australiano Tom Burton, medalha de ouro; o croata Tonci Stipanovic, ganhador da prata e o neozelandês Sam Meech, com o bronze. O francês Xavier Rohart, vencedor do SSL City Grand Slam de Hamburgo (ALE) em maio e líder do ranking dos proeiros é uma das atrações, assim como o vice-líder George Szabo (EUA), ganhador do SSL Lake Grand Slam da Suíça, em 2015.

Emoção ao vivo – A Star Sailors League desenvolveu em cooperação com os velejadores mais experientes do mundo um novo formato de regatas, com objetivo principal de acirrar a disputa na água e levar emoção aos fãs da vela. Os atletas acreditam que o regulamento da SSL garante a adrenalina sem comprometer a essência do esporte. A introdução de um sistema eliminatório inspirado nos tradicionais playoffs das demais modalidades ajuda a aumentar a pressão sobre as tripulações e valorizar o clímax da regata final.

A SSL atende o público presente em todas as partes do globo, transformando a raia de regatas em um estádio da vela nas transmissões ao vivo e grátis, de 29 de novembro a 03 de dezembro. Em 2015, mais de 100 mil fãs acompanharam a SSL Finals ao vivo pela internet diretamente de Nassau. As regatas são transmitidas na íntegra, com telemetria completa dos barcos pelo sistema de rastreamento Virtual Eye. Os torcedores "da poltrona" poderão competir também e testar suas habilidades náuticas na Regatta Virtual.

Sobre o Autor

Antonio Alonso Jr é capitão amador e cobre esporte há 15 anos, com passagens pela Folha de S.Paulo e por um UOL ainda em seus primeiros anos de vida. Jornalista e formado também em Esporte teve a excêntrica ideia de se dedicar à cobertura náutica, com enfoque para a Vela. Depois de oito anos na principal revista especializada do país, estreia seu blog em novo endereço no UOL.

Sobre o Blog

A vela é o exemplo claro de que o sucesso de um esporte não se mede em medalhas. Ela foi o esporte que mais medalhas Olímpicas deu ao Brasil. Ainda assim, é um esporte desconhecido, com enorme dificuldade de atrair público e restrito a guetos idílicos. Este blog não está interessado em resolver esse problema, mas em trazer mais para perto esse esporte excêntrico, complicado talvez, mas cheio de matizes empolgantes e que coloca atletas e meio-ambiente numa simbiose singular no mundo esportivo. Bem-vindo a bordo.

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