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Volvo Ocean Race terá duas regatas de treino antes de começar pra valer

Antonio Alonso

18/10/2016 15h59

Foto: IAN ROMAN/Volvo Ocean Race

Foto: IAN ROMAN/Volvo Ocean Race

ALICANTE, Espanha – A comissão organizadora da Volta ao Mundo colocou como obrigação para as equipes a disputa da Fastnet Race e mais um Prólogo entre Lisboa e Alicante. O objetivo é preparar os times para a edição 2017-18, que começa em outubro do ano que vem e terá passagens em 11 cidades-sede, incluindo uma brasileira e uma portuguesa.

Em agosto de 2017, a flotilha faz o primeiro teste na imprevisível Rolex Fastnet Race. Os veleiros partem de Cowes Week, na Isle of Wight, no Reino Unido, e navegam por 600 milhas pelo mar britânico até Plymouth. De lá, os times seguem (só eles) para Lisboa, em Portugal, para a chamada Leg Zero (perna zero). A capital portuguesa é a base dos barcos, onde fica o Boatyard. E enfrentam mais desafio antes da Volta ao Mundo começar. Para completar o Prólogo, as tripulações correm de Lisboa até Alicante e ficam na Espanha até a data da largada.

"Treinamos durante meses sozinho. Por isso, é bom correr regatas reais contra os adversários. É muito diferente, pois navegamos sob pressão. Isso é um bom teste para o barco", disse o francês Charles Caudrelier, que comandou o barco chinês Dongfeng Race Team. "Fiz algumas Fastnet, umas com muito vento e outras não. É um percurso bom, muito divertido e interessante para navegar ao redor da costa britânica, com o efeito das correntes. Em dois ou três dias, você tem um monte decisão para tomar".

Richard Mason, diretor de operações da Volvo Ocean Race, destaca a importância de ganhar milhas antes da regata. "Serão momentos fundamentais para o andamento das equipes. Os velejadores podem aprender mais sobre o barco. Digo que a Fastnet está na lista das melhores regatas do mundo e todo atleta quer correr".

Os sete Volvo Ocean 65 construídos para a edição anterior serão usados na próxima. Os barcos estão em Lisboa, local do estaleiro da regata. O oitavo está sendo construído.

Na semana passada, a Volvo Ocean Race fez anúncios importantes sobre regras da tripulação em relação às mulheres, além de um novo sistema de comunicação da tripulação – permitirá que os atletas enviem atualizações de mídias sociais a partir dos oceanos, a construção de um oitavo Volvo Ocean 65, da introdução de novas bases das equipes nas cidades-sede e a utilização de catamarãs M32 para os convidados.

Foto: Amory Ross/Team Alvimedica

Foto: Amory Ross/Team Alvimedica

Foto: Yann Riou / Dongfeng Race Team / Volvo Ocean Race

Foto: Yann Riou / Dongfeng Race Team / Volvo Ocean Race

Foto: Marc Bow/Volvo Ocean Race

Foto: Marc Bow/Volvo Ocean Race

Sobre o Autor

Antonio Alonso Jr é capitão amador e cobre esporte há 15 anos, com passagens pela Folha de S.Paulo e por um UOL ainda em seus primeiros anos de vida. Jornalista e formado também em Esporte teve a excêntrica ideia de se dedicar à cobertura náutica, com enfoque para a Vela. Depois de oito anos na principal revista especializada do país, estreia seu blog em novo endereço no UOL.

Sobre o Blog

A vela é o exemplo claro de que o sucesso de um esporte não se mede em medalhas. Ela foi o esporte que mais medalhas Olímpicas deu ao Brasil. Ainda assim, é um esporte desconhecido, com enorme dificuldade de atrair público e restrito a guetos idílicos. Este blog não está interessado em resolver esse problema, mas em trazer mais para perto esse esporte excêntrico, complicado talvez, mas cheio de matizes empolgantes e que coloca atletas e meio-ambiente numa simbiose singular no mundo esportivo. Bem-vindo a bordo.

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