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Sobre as Águas

Definidos os primeiros campeões da Semana Internacional de Vela do RJ

Antonio Alonso

30/07/2015 16h47

Nova Zelândia, Austrália, Bélgica e Áustria conquistaram o ouro nas classes Finn, Laser Standard, Laser Radial e Nacra 17

O pódio da classe Laser. Foto: Fred Hoffmann

O pódio da classe Laser. Foto: Fred Hoffmann

A quinta-feira foi um dia de verão em pleno inverno no Rio de Janeiro. E a mistura de sol e vento foi o desfecho perfeito para as classes Laser Radial e Standard, Finn e Nacra 17 que estão no Iate Clube do Rio de Janeiro disputando a 28ª Semana Internacional de Vela.  Depois de quatro dias de competições os estrangeiros mostraram que estão bem preparados para a disputa dos Jogos Olímpicos do Rio 2016 e venceram em todas as categorias.

Na classe Laser Radial, o campeão foi o australiano Tom Burton, número um do ranking da Federação Internacional (ISAF). Tom abriu três pontos de vantagem sobre o neozelandês Sam Meech, segundo colocado. Completa o pódio o também australiano Matt Wearn, segundo colocado no ranking mundial. O melhor brasileiro foi João Oliveira, na quinta colocação.

"As regatas foram bastante disputadas. Estou velejando bem e estou com a cabeça focada na maré e no vento. Então enquanto conseguir fazer isso, vou continuar velejando bem. Já estive aqui por três vezes e quanto mais venho, melhor é", disse Tom.

Entre as meninas do Laser Radial, o pódio também foi 100% estrangeiro. A vitória ficou com a belga Evi Van Acker, medalha de bronze nos Jogos Olímpicos de Londres 2012, seguida pela americana Erika Reinecke e pela sueca Josefin Olsson. Fernanda Decnop, que acabou de conquistar a medalha de bronze no Pan de Toronto, foi a melhor brasileira, na oitava colocação.

"Foi uma semana bastante difícil, com condições bastante desafiadoras e maré completamente maluca. Aprendi muito, o que é a coisa mais importante que levo desta semana. Fico feliz com o bom resultado e com a preparação para o Evento Teste", disse Evi.

Na Finn, Jorginho Zarif, que já foi escalado pela Confederação Brasileira de Vela para mais uma vez representar o Brasil nos Jogos Olímpicos, mostrou que está bem preparado para a disputa do Evento Teste, próxima grande competição com foco em 2016, e encerrou a sua participação na terceira colocação, a apenas um ponto do segundo colocado, o holandês Peter Jan Postma. O vencedor foi o neozelandês Josh Junior, quinto colocado no ranking mundial.

"Foi muito bom, pude conhecer um pouco mais das raias e me acostumar um pouco mais com a maré e as rondadas de vento. Ainda teremos uma seletiva para as olimpíadas, mas é sempre bom vencer um campeonato, ainda mais no Rio", disse Josh.

Na Nacra 17, única mista do programa olímpico, a briga esteve acirrada entre os estrangeiros, para ver quem ficava com o título, e entre os brasileiros, para ver quem seria a melhor dupla, uma vez que esta é uma das quatro classes que ainda não têm o representante brasileiro definido para os Jogos. No final o título ficou com o austríaco Thomas Zajac e sua parceira Tanja Frank. Juliana Mota e Leandro Azambuya foram os melhores brasileiros, na oitava colocação.

Nesta sexta-feira começam as regatas das classes RS:X masculina e feminina. Estão previstas nove regatas, sendo três por dia, com o descarte do pior resultado.

Para conferir os resultados completos, acesse www.sivrio.com.br.

A Semana Internacional de Vela do Rio de Janeiro tem a organização do Iate Clube do Rio de Janeiro e conta com o apoio da CBVela.

 

Sobre o Autor

Antonio Alonso Jr é capitão amador e cobre esporte há 15 anos, com passagens pela Folha de S.Paulo e por um UOL ainda em seus primeiros anos de vida. Jornalista e formado também em Esporte teve a excêntrica ideia de se dedicar à cobertura náutica, com enfoque para a Vela. Depois de oito anos na principal revista especializada do país, estreia seu blog em novo endereço no UOL.

Sobre o Blog

A vela é o exemplo claro de que o sucesso de um esporte não se mede em medalhas. Ela foi o esporte que mais medalhas Olímpicas deu ao Brasil. Ainda assim, é um esporte desconhecido, com enorme dificuldade de atrair público e restrito a guetos idílicos. Este blog não está interessado em resolver esse problema, mas em trazer mais para perto esse esporte excêntrico, complicado talvez, mas cheio de matizes empolgantes e que coloca atletas e meio-ambiente numa simbiose singular no mundo esportivo. Bem-vindo a bordo.

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