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Sonhos e aprendizados...Futuro da Volvo Ocean Race em regatinhas Optimist

Antonio Alonso

12/04/2015 21h33

Volvo Ocean Race

O Academy Team Racing Clinic faz parte da tradição da regata e ajuda na formação de novos talentos, além de aumentar o interesse pela modalidade

Volvo Ocean Race

Quase todos os atletas da Volvo Ocean Race começaram na modalidade velejando de Optimist. Antes de enfrentar os mais temidos mares do mundo, os velejadores tiveram que entrar numa escolinha para aprender o beabá dos ventos. É naquele barquinho que a magia acontece. As crianças passam de 5 a 7 anos desenvolvendo habilidades que serão decisivas para as etapas seguintes. "Aprendi a velejar depois que ganhei um barquinho de Optimist do meu avô e fiz da vela a minha profissão", disse o brasileiro André 'Bochecha' Fonseca.

A Volvo Ocean Race organiza mais uma vez em Itajaí uma clínica de vela para crianças. O Academy Team Racing Clinic faz parte da tradição da regata e ajuda na formação de novos talentos, além de aumentar o interesse pela modalidade. As crianças que disputam as regatinhas são de clubes de vela locais e a classe escolhida é a de introdução ao esporte, a Optimist. "Fico muito feliz por ajudar a inspirar tantos jovens", contou o CEO da regata, Knut Frostad.

A clínica de vela e as regatas das crianças foram disputadas nesse fim de semana na sede da ANI – Associação Náutica de Itajaí de Itajaí. Os pequenos também tiveram a chance de encontrar os velejadores da Volvo Ocean Race e as equipes durante a stopover de Itajaí, que termina no domingo (19). A vitória ficou com os alunos do Iate Clube Veleiros da Ilha, de Florianópolis. A equipe usou os barcos do Team Alvimedica. Resultados completos no fim do texto

Sobre o Optimist

A classe Optimist é uma das mais praticadas na vela mundial por ser uma categoria de introdução à modalidade. O barco de 2,34 metros é fácil de tocar e oferece segurança para a garotada de até 15 anos aprender as principais funções de um monotipo.

Além de ser um barco de iniciação à vela e de excelente custo benefício, o formato impede velocidades elevadas, garantindo, assim, a segurança do Optimist. O veleiro suporta até 60 quilos e pode ser conduzido por pequenos de 7 a 15 anos. O nome, traduzido do inglês, quer dizer otimista.

A história do Optimist começou em 1947, na cidade de Clear Water, nos Estados Unidos. E a categoria surgiu de uma mera casualidade. Os jovens norte-americanos, que liam bastante a revista Mecânica Popular, resolveram pegar caixas de sabão e colocar rodas e velas. Os vizinhos reclamaram da algazarra, principalmente pela velocidade que o pequeno veículo tomava as ruas, e o prefeito local encontrou uma forma para agradar a todos. Coube ao projetista Clark Mills desenhar um modelo especial para uso apenas na água, sem a bagunça pelas vias da cidade.

Ficha técnica do Optimist:

Comprimento total: 2,34m
Largura: 1,13 m
Deslocamento: 35 quilos
Área vélica: 3,25m²

Resultados

1º Team Alvimedica
Guilherme Berenhauser
Lucas Miguel
Thiago Pereira
Valentina Pulice

2º Abu Dhabi
Guilherme Duriex
José Irineu de Souza
Samer Kayali
Maria Luiza da Cruz

3º MAPFRE
Alexandre de Souza Filho
João Pedro de Sá Copello
Breno Marin
Raíssa Maria Ribeiro

4º Team Vestas Wind
Alessandro Paula Macedo
Kevin Stahnke
Daniel Maciel
Maria Wessling

5º Itajaí
Matheus Leonardo
Erick Brum
Mikael Henrique Marques
Josileide de Oliveira

6º Dongfeng
Vinícius Ribeiro dos Santos
Vilmar Gonçalves
Vinícius Fagundes Machado
Iassana Dias Rodrigues

7º Team SCA
Marcos Vogelbacher
Isaac Emmendorfer
Thiago Paschoal
Matheus Meiras

8º Team Brunel
Gabriel Silvério da Silva
Maurício de Melo Heibel
Geliel Justi
Luisa Metzner Nunes

Sobre o Autor

Antonio Alonso Jr é capitão amador e cobre esporte há 15 anos, com passagens pela Folha de S.Paulo e por um UOL ainda em seus primeiros anos de vida. Jornalista e formado também em Esporte teve a excêntrica ideia de se dedicar à cobertura náutica, com enfoque para a Vela. Depois de oito anos na principal revista especializada do país, estreia seu blog em novo endereço no UOL.

Sobre o Blog

A vela é o exemplo claro de que o sucesso de um esporte não se mede em medalhas. Ela foi o esporte que mais medalhas Olímpicas deu ao Brasil. Ainda assim, é um esporte desconhecido, com enorme dificuldade de atrair público e restrito a guetos idílicos. Este blog não está interessado em resolver esse problema, mas em trazer mais para perto esse esporte excêntrico, complicado talvez, mas cheio de matizes empolgantes e que coloca atletas e meio-ambiente numa simbiose singular no mundo esportivo. Bem-vindo a bordo.

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