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Sobre as Águas

Ninguém dorme até Auckland

Antonio Alonso

26/02/2015 16h59

Volvo Ocean Race

A reta final da quarta etapa da Volvo Ocean Race está emocionante, com diferença mínima entre três barcos no Oceano Pacífico. Abu Dhabi Ocean Racing, MAPFRE e Dongfeng Race Team se revezam na liderança, faltando menos de 800 quilômetros para cruzar a linha de chegada em Auckland, na Nova Zelândia. A distância entre o trio é menor do que dois quilômetros e, na prática, eles vão chegar na madrugada de sábado (28) à cidade neozelandesa. Por todos esses detalhes, ninguém dorme a bordo para aproveitar melhor as rajadas. "Temos estoque de goma de mascar de cafeína. Competir lado a lado com o adversário é complicado, pois são poucas as diferenças", escreveu o repórter do Abu Dhabi, Matt Knighton.

O comandante do barco árabe projetou mais emoção e menos sono até o final. "É impossível não dizer que o final de regata será apertado e emocionante", disse Ian Walker."Vamos continuar com velocidade e muito trabalho".

Pelos lado do Dongfeng nada de relaxar. "É difícil ver a liderança escapar de você após tantos esforços por dias. Tudo desaparece em poucos minutos", disse Martin Stromberg, tripulante do Dongfeng, que agora está em segundo, atrás do líder provisório Abu Dhabi. O MAPFRE do brasileiro André 'Bochecha' Fonseca estava em terceiro na primeira atualização da tarde desta quinta-feira (26).

A previsão das próximas horas é de ventos fracos, principalmente na aproximação a Auckland. O final de regata promete ser cansativo e imprevisível mais uma vez.

Sobre o Autor

Antonio Alonso Jr é capitão amador e cobre esporte há 15 anos, com passagens pela Folha de S.Paulo e por um UOL ainda em seus primeiros anos de vida. Jornalista e formado também em Esporte teve a excêntrica ideia de se dedicar à cobertura náutica, com enfoque para a Vela. Depois de oito anos na principal revista especializada do país, estreia seu blog em novo endereço no UOL.

Sobre o Blog

A vela é o exemplo claro de que o sucesso de um esporte não se mede em medalhas. Ela foi o esporte que mais medalhas Olímpicas deu ao Brasil. Ainda assim, é um esporte desconhecido, com enorme dificuldade de atrair público e restrito a guetos idílicos. Este blog não está interessado em resolver esse problema, mas em trazer mais para perto esse esporte excêntrico, complicado talvez, mas cheio de matizes empolgantes e que coloca atletas e meio-ambiente numa simbiose singular no mundo esportivo. Bem-vindo a bordo.

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