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Dia decisivo para Robert Scheidt no Mundial

Antonio Alonso

16/09/2014 18h10

Scheidt precisa de um dia perfeito em Santander (Thom Touw)

Scheidt precisa de um dia perfeito em Santander (Thom Touw)

A quarta-feira (17) será decisiva para Robert Scheidt no Mundial de Vela de Santander. Único campeão mundial da Laser na disputa, com 11 títulos, o brasileiro terá que fazer pelo menos dois bons resultados, no dia que define as dez vagas para a medal race. Scheidt fez um 9º e um 20º lugar nas regatas desta terça e passou para sexta posição geral, com 48 pontos perdidos. O líder é o australiano Tom Burton, com 30.

Depois de um dia praticamente sem vento, a terça-feira trouxe rajadas de até 10 nós (18 km/h) a Santander. Mas o vento muito rondado, aliado à correnteza da raia e à concentração de algas marinhas, dificultaram a tática dos velejadores da Laser, nas duas regatas. Uma terceira estava prevista, mas não chegou a ser realizada devido ao mau tempo no final da tarde. "Foi um dia dificílimo, de condições bem variáveis. Na segunda prova de hoje, ainda consegui me recuperar um pouco e ganhar algumas posições, mas terminei em vigésimo", lamentou Scheidt.

Outras três regatas estão programadas para esta quarta-feira (17), último dia da fase final da competição. Os dez primeiros colocados vão para a medal race, que vale pontos dobrados, na quinta. Scheidt precisa diminuir a diferença de 12 pontos para o terceiro colocado, o inglês Nick Thompson, para garantir a chance de chegar à sua 19ª medalha em Mundiais – além dos 11 títulos na Laser, o brasileiro tem outros três na Star, mais três medalhas de prata e uma de bronze, somando as duas categorias.

"Amanhã temos três regatas previstas, será um dia desgastante. Tenho de largar bem e velejar o melhor possível, com decisões acertadas", reforça o brasileiro, patrocinado pelo Banco do Brasil, Rolex e Deloitte, com os apoios de Audi, COB e CBVela. Além de Scheidt, o Brasil é representado na Laser por Bruno Fontes, em quinto lugar, e Alex Veeren, o 64º colocado.

Classificação após sete regatas e um descarte

1. Tom Burton (AUS) – 30 pp (5+3+8+2+8+4+[16])
2. Nicholas Heiner (NED) – 33 pp (3+10+1+4+3+[12]+12)
3. Nick Thompson (GBR) – 36 pp (1+[18]+11+7+6+8+3)
4. Charlie Buckingham (USA) – 39 pp (6+[23]+2+8+2+19+2)
5. Philipp Buhl (ALE) – 45 pp (15+2+20+6+[38]+1+1)
6. Robert Scheidt (BRA)- 48 pp (13+2+1+3+[50]+9+20)
7. Rutger Van Schaardenburg (NED) – 54 pp (14+1+1+[50]+21+3+14)
8. Christopher Barnard (USA) – 54 pp (7+11+10+2+13+[32]+11)
9. Jesper Stalheim (SWE) – 55 pp (12+4+5+5+[30]+11+18)
10. Jean-Baptiste Bernaz (FRA) – 56 pp ([26]+15+2+9+11+6+13)
11. Bruno Fontes (BRA) – 58 pp (4+7+9+3+[34]+14+21)
70. Alex Veeren (BRA) – 75 pp (28+11+[36]+14+22)

Sobre o Autor

Antonio Alonso Jr é capitão amador e cobre esporte há 15 anos, com passagens pela Folha de S.Paulo e por um UOL ainda em seus primeiros anos de vida. Jornalista e formado também em Esporte teve a excêntrica ideia de se dedicar à cobertura náutica, com enfoque para a Vela. Depois de oito anos na principal revista especializada do país, estreia seu blog em novo endereço no UOL.

Sobre o Blog

A vela é o exemplo claro de que o sucesso de um esporte não se mede em medalhas. Ela foi o esporte que mais medalhas Olímpicas deu ao Brasil. Ainda assim, é um esporte desconhecido, com enorme dificuldade de atrair público e restrito a guetos idílicos. Este blog não está interessado em resolver esse problema, mas em trazer mais para perto esse esporte excêntrico, complicado talvez, mas cheio de matizes empolgantes e que coloca atletas e meio-ambiente numa simbiose singular no mundo esportivo. Bem-vindo a bordo.

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