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BMW Motorrad/Biotec rumo ao Norte-Americano de Hobie Cat 16

Antonio Alonso

12/09/2014 17h34

Marcos Ferrari e Caroline Sylvestre (Divulgação)

Marcos Ferrari e Caroline Sylvestre (Divulgação)

O próximo desafio de Marcos Ferrari e Caroline Sylvestre, da equipe BMW Motorrad/Biotec, é o Norte-Americano de Hobie Cat 16, que reunirá os melhores nomes da classe no continente entre 22 e 26 de setembro, em Lewes, Delawere. A competição integra a campanha de Ferrari e Sylvestre por uma vaga nos Jogos Pan-Americanos de Toronto/2015. Medalha de bronze em 2012, a dupla volta à disputa com o status de melhor do Brasil.

Marcos e Caroline ganharam destaque nesta temporada com o Mundial de Hobie Cat 16, em Jervis Bay, Austrália, em fevereiro. Na edição mais bem disputada da história da competição, com 388 duplas de 27 países distribuídos entre os seis continentes, os dois conquistaram o 26º lugar, melhor colocação entre os brasileiros. A performance valeu a indicação para o Hobie World Cat 2014, evento que reúne dez equipes entre as principais do mundo, representando seus países, e que neste ano foi disputada em Sylt, Alemanha, entre 21 e 24 de agosto.

Campanha para o Pan-Americano/2015 (Divulgação)

Campanha para o Pan-Americano/2015 (Divulgação)

"Foi uma experiência diferente de tudo a que estamos acostumados. O Mar do Norte, local das regatas, é uma região extremamente agressiva, com ondas de até 1,5 m, ventos fortes e muita correnteza. E, para chegar à área das provas, era preciso ultrapassar a arrebentação, o que exigia saber o timing exato da pausa entre o final de uma série de ondas e o início de outra. A cada final de prova, um atleta da equipe corria para uma marca laranja no centro da praia para determinar sua colocação. Na sequência, todos voltavam para a água passando novamente pela arrebentação, até a marca de largada", lembra Marcos Ferrari.

A dupla da BMW Motorrad/Biotec deixou Sylt comemorando o quinto lugar, entre dez das melhores equipes de Hobie Cat 16 no mundo. "Tivemos sorte de ter condições para velejar. A cada dia o vento vinha de uma direção diferente. E como o sol se põe apenas às 21 horas, muitas vezes as provas terminavam depois das 19 horas. Mas nós sempre buscamos as condições mais difíceis para se velejar. Temos um ditado que é 'tudo é difícil até se tornar fácil'", destaca Caroline Sylvestre.

A próxima competição de Marcos e Caroline será o Campeonato Norte-Americano em Lewes, Delaware. A competição vale uma vaga para os Jogos Pan-Americanos de 2015 em Toronto. A equipe da BMW Motorrad/Biotec, que conta com o apoio de GARMIN, OAKLEY, Tecelagem Santa Constância e Companhia Athlética, por meio da Lei Paulista de Incentivo ao Esporte, já tem uma medalha de bronze na competição, conquistada em 2012 em Los Angeles.

Sobre o Autor

Antonio Alonso Jr é capitão amador e cobre esporte há 15 anos, com passagens pela Folha de S.Paulo e por um UOL ainda em seus primeiros anos de vida. Jornalista e formado também em Esporte teve a excêntrica ideia de se dedicar à cobertura náutica, com enfoque para a Vela. Depois de oito anos na principal revista especializada do país, estreia seu blog em novo endereço no UOL.

Sobre o Blog

A vela é o exemplo claro de que o sucesso de um esporte não se mede em medalhas. Ela foi o esporte que mais medalhas Olímpicas deu ao Brasil. Ainda assim, é um esporte desconhecido, com enorme dificuldade de atrair público e restrito a guetos idílicos. Este blog não está interessado em resolver esse problema, mas em trazer mais para perto esse esporte excêntrico, complicado talvez, mas cheio de matizes empolgantes e que coloca atletas e meio-ambiente numa simbiose singular no mundo esportivo. Bem-vindo a bordo.

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